Um blog colaborativo, onde cada uma conta sua história ou fragmentos dela. Essa é a idéia do recém-criado blog Dyke no Divã. Dividido em cinco categorias diferentes, o blog separa os posts das leitoras de acordo com o interesse por cada tema.
A idéia de sua criadora, que prefere não revelar sua identidade, é reforçar o conceito de “colaborativo”, ou seja, ainda que haja uma cabeça por trás do blog, o ponto principal é que ele será construído por várias mulheres. “A idéia do blog surgiu quando comecei a estudar sobre portais colaborativos, onde o blog (ou o site) é construído por várias pessoas, sem a intenção de se criar uma hierarquia lá dentro. Minha motivação veio de portais como o wikipedia (apenas um exemplo mais conhecido), onde qualquer pessoa pode colaborar e ainda permanecer anônima se assim preferir”, explica a criadora do Dyke no Divã.
Segundo ela, a primeira opção foi criar um blog tradicional, com a garantia de que todas as histórias apresentadas fossem publicadas sem edição. “O blog é anônimo, pois assim não nos prendemos a um nome, favorecendo a idéia de um espaço de todas nós”, frisa.
Podem participar do Dyke no Divã mulheres lésbicas e bissexuais que desejem contar suas histórias. No entanto, o blog está aberto também para homens que tenham vivido experiências com uma lésbica e que queiram dividir com o público algum fragmento de sua história. “Gostaria também de abrir espaço para mulheres transexuais e também para homens trans que quiserem compartilhar suas experiências quando estas forem relativas aos temas do blog”, ressalta.
Para a criadora do blog, a importância de um site colaborativo é “não restringir as informações e dar abertura para trocar experiências entre mulheres lésbicas, já que é um campo tão pouco explorado, mesmo com o grande avanço da comunicação e de toda essa era digital”. “Acredito que com a troca de histórias muita coisa pode ser ensinada. A gente se enxerga na outra, nos problemas da outra, nas situações que ela passou, na sua trajetória de vida. Isso é importante em uma sociedade ainda muito homofóbica (e machista), onde o espaço para outras sexualidades e outros gêneros ainda é muito restrito”, conclui.
Gostou da idéia e tem muitas histórias para contar? Então acesse http://dykenodiva.blogspot.com e deixe o mundo conhecer você.