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“É claro que é homofobia, só assaltam travestis”, diz vítima agredida em Mato Grosso

Lilith Prado, de 35 anos, presidente da Associação das Travestis de Mato Grosso, foi assaltada e fortemente agredida durante a manhã do último sábado (23), na região do Zero Quilômetro, em Várzea Grande.

Dois homens e duas mulheres, que estavam em um carro Fiat Stilo preto, se aproximaram e a abordaram. Lilith não conseguiu registrar o número da placa.

“Primeiro, uma das mulheres desceu do veículo e me agrediu com um golpe de barra de ferro, que atingiu o meu ombro. Ela queria levar a minha bolsa, mas não conseguiu. Em seguida, os dois rapazes desceram do carro e começaram a chutar o meu rosto”, declarou Lilith ao Midia News.

Sem conseguir levar a bolsa, os assaltantes levaram a peruca da travesti que, segundo a própria, era mais cara que a bolsa.

“Eles chutaram a minha cara, tive um dente quebrado e minha boca está em carne viva por dentro. Também estou com feridas nos joelhos e meu ombro está muito dolorido, por causa do golpe com a barra de ferro”, contou a vítima.

Segundo Lilith, o caso não pode ser considerado como simples assalto. Para a travesti, há uma grande intolerância por parte dos criminosos, que só assaltam travestis. “No domingo passado, uma travesti foi assaltada. Agora, a vítima sou eu. É claro que tem motivação homofóbica. Por que só assaltam travestis?”, indagou.

O secretário-adjunto de Direitos Humanos do Estado, Valdemir Pascoal, afirmou que o crime foi um ato de vandalismo e garantiu que providências serão tomadas.  

“Também vou acionar a Secretaria Nacional Direitos Humanos e o Serviço de Inteligência das forças policiais de Mato Grosso para descobrir a identidade e endereço desses criminosos e prendê-los o quanto antes. Não acredito que foi um assalto, mas sim um ato de covardia, de vandalismo praticado por pessoas homofóbicas”, declarou Pascoal.

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