Pois é gente, o dilema chegou ao fim! Depois de dias sem escrever, decidi que a sequência da história deveria ser mesmo uma cena de sexo. Como um autor identificado com o tema poderia pular justamente a oportunidade de narrar o sensual momento de uma visita íntima na prisão, ainda mais uma visita íntima gay?
O resultado, pelo menos entre os leitores comentaristas, foi bastante positivo. Houve quem dissesse, e mais de um disse, que este foi o melhor sexo narrado do casal Denilson-Dr. Ramon. Não sei bem se foi o melhor, mas em termos de números de palavras, creio ter sido o maior já descrito ao longo das postagens.
Diante do fato, parece que ainda preciso encontrar meu eixo. Se antes eu destacava o diferencial de usar o pornô livremente no meu trabalho, de um tempo pra cá venho questionando se isso me torna um escritor "pouco sério". Não sei, acho que essa busca pela aceitação está meio "descombinando" com a proposta de ser um artista independente, exercendo livremente o caráter transgressor da arte. Reflexões…
Por fim, ontem fui brindado (e incentivado) pelos comentários da polêmica ensaísta Camille Paglia. Em matéria publicada no UOL, ela discorre com a articulação habitual sobre o pornô nas artes. Não tive como não me sentir honrado com a companhia citada como "pornógrafos: Madonna, Mapplethorpe e a própria Camilla.
Beijão!