Nesta segunda-feira (03/08), o Senado brasileiro viveu um dos momentos mais conturbados de sua atual crise. Porém, no meio da batalha, houve um momento de lucidez protagonizado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pediu a aprovação do PLC 122 que, se aprovado, criminalizará a homofobia no Brasil.
Por volta das 19h, quando o bate-boca entre Renan Calheiros (PMDB-AL), Pedro Simom (PMDB-RS) e Fernando Collor (PTB-AL) atingia o ápice da baixaria, o senador Suplicy pediu a palavra e foi atendido. Em seu pronunciamento ele se dirigiu a todos os colegas da Casa, disse que eles não podem deixar o Senado afundar e que há muitos projetos de extrema importância para serem votados e aprovados.
O parlamentar lembrou ainda que eles têm um compromisso com a população e pontuou que a atual postura dos legisladores é uma falta de respeito com os eleitores. Nesse momento ele lembrou algumas leis que devem ser votadas e citou a senadora Fátima Cleide (PT-RO) e a aprovação do projeto de lei que torna crime a homofobia.
Suplicy disse que "urge o respeito aos direitos dos homossexuais" e é "importante que o substitutivo (ao texto original do PLC 122) que está sendo preparado pela senadora para o projeto que criminaliza a homofobia seja aprovado em curto prazo".
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O PLC 122 se arrasta no Senado desde 2006, quando foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Desde então, as bancadas religiosas têm promovido uma verdadeira perseguição e desmoralização da comunidade gay, acusando-a de querer impor "uma ditadura gay". Puro preconceito.
Frente a esta realidade, o Grupo Arco-Íris lançou na Parada gay do Rio de Janeiro do ano passado o abaixo-assinado virtual pela aprovação do PLC 122. Com isso a entidade espera angariar apoio popular à criminalização da homofobia. Clique aqui e ajude a tornar o ódio contra gays crime.