Todos sabem, ou pelo menos todos que leram meu último post ou acompanharam a movimentação no meu perfil do Facebook, sabem que sexta-feira passada foi meu aniversário. Bom, daí que para comemorar resolvi sair com meu namorado e meus amigos e fizemos diversas coisas… Jogamos boliche, fomos na baladinha jogar um charme e mostrar beleza e depois pegamos um cineminha no domingo.
No entanto, mona, nada me impressionou tanto – nem a buatchy e o os shows belíssimos, nem o boliche e meus três strikes, nem o filme dos X-Men (que aliás, eu recomendo). O que me deixou boquiaberta foi a falta de educação das pessoas. E meu amor, não importa se são ricos ou pobres, gays ou héteros… Não tem essa de gente diferenciada não… Tá todo mundo no mesmo saco quando o assunto é desrespeito e falta de educação com o próximo.
Sabe aquela coisa que algumas pessoas falam: "Ai… Gosto de gay, porque gay é educado!". Ah, tá… Da próxima vez que ouvir isso de alguém vou levar esta pessoa numa boate gay lotada, com o povo turbinado no álcool e outras coisinhas mais e falar "Vai Jane, se vira na selva". Porque, sinceramente, foi a sensação que eu tive. E não pense vocês que estava numa casa qualquer, pelo contrário… Isso acontece em todas as casas, da mais phynna até aquela que mais parece um… Bom, deixa pra lá! O povo vem dançando e pulando em cima de você, outros querem cruzar a pista e pra isso vão simplesmente arrastando quem estiver na frente… Agora, o que mais me irrita é você chegar cedo, pegar um lugar belíssimo pra ver o show e aparecer uma gracinha e querer pegar o seu cantinho com cara de quem já estava ali… Nossa, eu fecho a cara e pra fechar a boate é "dois minuto" também…
Bom, domingo à tarde, mais tranquilos e refeitos do fervo, fomos ao cineminha. Para tal, fomos até um shopping (não vou falar o nome, pra não fazer merchan… só se eles pagarem caríssimo!). Mas o shopping é conhecido entre onze de cada dez homossexuais. É um que leva o mesmo nome da rua e já teve uns baphôs fortíssimos por conta de impedirem um casal gay de se beijar lá, por exemplo… Enfim, o fato é que chegamos e embarcamos na aventura de encontrar uma vaga naquele estacionamento desgraçado. Bee, se liga, a mona que tava no carro de trás viu que já estávamos esperando a vaga e ainda tentou fazer a esperta e pegar o lugar. Não pra cima delazinha aqui… No elevador, as mesmas gays (que chegaram depois no hall de elevadores) viram que o elevador chegou meio cheio e quiserem passar a minha frente e a dos demais que já estavam no mesmo local… Etc e tal… Já tava quase tirando a gilete da boca e dando uma giletada nelas! Mas não foi preciso… Pior, foram as senhorinhas trabalhadas nas joias e no modelão, querendo que o elevador não parasse pra ninguém, pois elas queriam chegar no sexto andar, sem paradas e sem tumulto.
Então, meu amor, essa coisa de dizer que só a gente diferenciada e as travestchyyyys é que são bagunçadas, não cola. A falta de educação e o desrespeito vêm de todos os lados. O que está acontecendo, meu pai?
Ah, sim… Lembrei disso tudo porque estava voltando pra casa e uma mocinha simplesmente furou a fila do ônibus na minha cara e ainda fez cara de paisagem, fazendo a egípcia comigo. Pode? A sorte dela é que eu tinha tomado dez litros de chá de camomila e tava calmíssima…
Gente diferenciada ou não, phynna ou penosa, gay, travesti ou hétero… Não importa. Educação cabe em qualquer lugar, afinal, vivemos em so-ci-e-da-de… (como diz minha querida Michelly Summer).
Tá dado o recado…
Beijo, beijo, beijo… Fui…