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Eleitores gays nos EUA vêem poucas diferenças entre candidatos democratas

Eleitores gays de Nova York não vêem muitas diferenças entre os três pré-candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos – Hillary Clinton, Barack Obama e John Edwards – no tocante a assuntos relacionados aos seus direitos. Por isso, de acordo com reportagem publicada no New York Times desta segunda-feira, para se decidirem, homossexuais estão prestando atenção em assuntos gerais que marcam as campanhas deste ano, como a guerra no Iraque e a saúde pública.

Os três pré-candidatos já se declararam favoráveis à união civil do mesmo sexo. Eles dizem também que patrocinariam uma legislação para proteger gays e lésbicas.

"Você precisaria de uma lente de aumento para enxergar qualquer diferença real entre os três", afirmou Alan Van Capelle, do Empire State Pride Agenda – grupo que trabalha com os direitos civis dos homossexuais em Nova York.

"Há um entusiasmo por ter alguém diferente de George W. Bush na Casa Branca", disse Matthew W. Carlin, presidente do Stonewall Democratic Club – grupo político gay que declarou apoio à Hillary. "Também há um sentimento de que as pessoas ficariam felizes com um democrata", afirmou o ativista em entrevista ao jornal.

Já do lado republicano a história é diferente. Todos os candidatos têm posições opostas aos democratas com relação aos assuntos que concernem aos eleitores gays. Apesar dos direitos gays ainda não serem o grande foco da disputa republicana, a questão deve vir à tona depois das campanhas, segundo marqueteiros.

Analistas de campanha estimam que os gays e as lésbicas formam entre 5% e 13% do eleitorado democrata em Nova York, ainda que digam isso sem exatidão. Para o cientista político Ken Sherrill, estudioso do eleitorado homossexual, gays e lésbicas costumam se interessar mais por política porque suas vidas são mais afetadas pelas decisões do governo.

Em Nova York, Hillary, além de ser considerada forte candidata, ainda conta com grande apoio institucional dos gays. No entanto, as campanhas de John Edwards e Barack Obama também vêm cortejando o voto homossexual.

"Edwards é o único que realmente se importa com os desafortunados", considerou o estilista Farid Martinez, 41, no Greenwich Village, um bar de freqüência GLS. Seu amigo Edmund Taylor, 37, discorda: "Ele é um advogado milionário obcecado com seu cabelo. Obama é o único que pode transformar esse país".

A reportagem ainda ressalta que, em comparação com as últimas duas campanhas presidenciais, em 2008 os temas relacionados aos interesses dos gays foram ofuscados por questões como a guerra no Iraque, a economia e a imigração ilegal.

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