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Em 2017, a cada 19h um LGBT foi assassinado no Brasil

Durante os 12 meses de 2017, não foram raras as vezes em que A Capa noticiou o assassinato de pessoas LGBT no Brasil. O resultado desse descaso público está representado no levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) que divulgou relatório sobre as morte por crimes homofóbicos e transfóbicos no país. 

Segundo o GGB, 2017 foi o ano com maior número de assassinatos de pessoas LGBT no Brasil desde que o órgão passou a fazer levantamento sobre crimes homotransfóbicos, há 37 anos.

Nos anos anteriores, o GGB apontava que a cada 25 horas, uma lésbica, gay, bissexual ou transexual era morta no Brasil por motivação discriminatória, seja por orientação sexual ou identidade de gênero. Essa expectativa baixou para a cada 19h. Em todo o país foram 445 mortes.

O estado com o maior índice de criminalidade é São Paulo com 59 assassinatos, seguido por Minas Gerais, com 43; Bahia, 35; Ceará, 30; Rio de Janeiro, 29; Pernambuco, 27, Alagoas empatado com o Paraná, com 23 assassinatos cada, completam o top sete de estados com maior números de óbitos de LGBTs.

Em 2016 o Grupo Gay da Bahia registrou que houveram 343 assassinatos de LGBT em todo o país, ou seja, houve um crescimento significativo nesse tipo de crime, que, na realidade, não é considerado crime pela justiça brasileira que não reconhece a homotransfobia como motivação criminosa.

TRANSFOBIA

O levantamento do Grupo Gay da Bahia diz respeito ao assassinato de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais como um todo. Uma outra pesquisa realizada pela Aliança Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), tornada pública no começo do ano pela ONG, fez um registro da morte das "T" no país.

Segundo a ANTRA, em 2017 foram contabilizados 179 mortes de transexuais do sexo masculino e feminino e travestis no Brasil, o equivalente a uma morte a cada 48h. O levantamento apontou ainda que em 85% dos casos as vítimas desconheciam seus agressores e na maioria deles, o crime continha requintes de crueldade.

A ANTRA apontou ainda que apenas 12% dos criminosos foram identificados e 10% estão presos. Por estado, Minas Gerais lidera o ranking com 20 assassinatos (leia mais clicando aqui

 

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