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Em 25ª edição, GGB divulga lista de amigos e inimigos da comunidade LGBT

O Grupo Gay da Bahia divulgou nesta semana a tradicional lista com 46 personalidades e instituições homenageadas ou gongadas pelo Troféu Pau de Sebo e o Triângulo Rosa.

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Em seu 24º ano, a ação visa mostrar quem contribuiu com a causa LGBT por meio de frases e ações e quem foi exemplo negativo de intolerância.

O Pau de Sebo, por exemplo, é referência à brincadeira de subir em um pau lambuzado e escorregadio para pegar o prêmio. Mas que nunca chegam ao objetivo. Já o Triângulo Rosa é referenciado ao símbolo que marcou durante o nazismo as pessoas gays.

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Entre os homenageados estão a candidata à presidência Luciana Genro (PSOL), a atriz Giovanna Antonelli, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) e José Mayer. Já nos gongados estão o candidato à presidência Levy Fidelix (PRTB), o arcebispo de Goiânia (GO) D. Washington Cruz e o vereador pastor Sérgio Nogueira.

Confira:

Pau de Sebo (inimigo dos gays)

1. Arcebispo de Goiânia, D. Washington Cruz, pelo afastamento do Padre César Garcia de suas funções clericais, por ter abençoado um casamento gay.

2. Prefeito de Porto Velho, Rondônia, Mauro Nazif (PSB), pela tentativa de impedir na justiça a inclusão da Parada do Orgulho Gay no calendário de eventos do município.

3. Diretora e vice da Escola Estadual Monsenhor Odilon Alves Pedrosa, (Sapé/PB), por declarações homofóbicas e discriminação contra aluno gay e transexual.

4. Guarda Civil Metropolitana de SP, pelo constrangimento e agressão de jovem gay que beijava seu parceiro no Largo do Arouche; Supermercado Extra de Aricanduva, SP, por constranger beijo de casal gay.

5. Candidato Levy Fidelix (PRTB/MG), por declarações gravemente homofóbicas no horário eleitoral; vereador Benedito Matheus Filho (PMDB, São Carlos,SP), por declarar que "o casamento gay gera violência e desestrutura família"; candidato a deputado federal Matheus Sathler,(PSDB/BS), por defender kit macho anti-gay nas escolas; apresentador Ratinho (SBT), pela declaração estigmatizante "a TV Globo não faz mais novela sem gay"; jornalista João Francisco da Silva, editor do Jornal da Cidade (Joinvile/SC) que comparou "o beijo gay a defecar em público"; músico Lobão, por declarar: "Existe um fascismo gay. Conheço gente que fala 'Vamos tirar todo mundo do armário', 'Tem que dar o c."; ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, por ter acusado o atual presidente de homossexual; jogador de vôlei Mauricio Souza, por divulgar no Facebook, que "homossexualidade é anormal e errado".

6. Ministério Público e delegacia de Vila Velha, ES, por desconsiderar o agravante homofobia em grave espancamento de um professor na Praia da Costa.

7. Deputados ruralistas Luiz Carlos Heinze (PP/RS) e Alceu Moreira (PMDB/RS), por declararem que "gay, quilombola e índio é tudo o que não presta!"

8. Prof. Raymundo Torres, da Faculdade de Economia da UFBA, por divulgar na internet declarações gravemente discriminatórias contra a comunidade homossexual.

9. Firma Allis Soluções Inteligentes S.A. (Campinas,SP), condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho a pagar indenização por danos morais a um psicólogo, analista de recursos humanos da empresa, vítima de homofobia.

10. Vereador Pastor Sérgio Nogueira (PSB/Dourados, MS) propôs confinar homossexuais numa ilha por 50 anos.

Troféu Triângulo Rosa para os amigos dos LGBT

1. O vereador Tiago Silva (PDT), de Florianópolis, primeiro gay declarado a assumir a prefeitura de uma capital brasileira (por alguns dias em 2014); candidato a governador do Ceará Ailton Lopes (Psol), por se assumir gay na campanha eleitoral; candidato a prefeito de Joinville (SC) Leonel Camasão, por ter exibido beijo gay no horário político; ator Luís Miranda, a transexual Dorothy Benson na novela "Geração Brasil" (Globo), por se afirmar "gay assumidíssimo"; Federico Devito, "colírio da revista Capricho", se declarou gay em um vídeo no YouTube.

2. Candidata Luciana Genro (PSOL-RS), por sua lúcida defesa da cidadania LGBT e oposição à homofobia dos demais candidatos no horário eleitoral; deputada Erika Kokay (PT-DF), por sua luta constante em defesa dos direitos da população LGBT.

3. Bloco carnavalesco Menino Rosado de Olinda e artista Silvio Botelho, pela inclusão do primeiro boneco gigante gay no desfile; banco HSBC de Curitiba por celebrar o Dia do Orgulho LGBT; Escola de Samba Em Cima da Hora paulistana, pelo enredo "Homofobia é crime!" e Mocidade Independente de Padre Miguel, RJ, pela inclusão de casais de gays e lésbicas no carro simulando um motel; padaria Magia do Pão, Curitiba, pela divulgação da mensagem "Homossexualidade não é doença, homofobia sim".

4. Policia Civil de Goiás pelo acolhimento profissional e solidário da delegada transexual Laura de Castro na Delegacia Especial da Mulher; Ministério Público Federal da Bahia e Shopping Barra por condenarem abaixo assinado de 21 funcionários do shopping protestando contra o uso do sanitário feminino por funcionária travesti; cordão carnavalesco Boi Tolo, RJ, pelo acolhimento e apoio jurídico a um casal de lésbicas barbaramente espancadas na saída do desfile.

5. Padre cantor Fabio Melo, SP, por defender o casamento civil homossexual em programa de televisão; ator Tony Ramos por defender beijo gay na novela "O Rebu" e declarar: "Os homossexuais têm todo o direito, perante à Constituição, perante à vida e perante Deus!"; ator José Mayer (TV Globo), por declarar "A homossexualidade é um fato cada vez mais presente: fico orgulhoso de me emprestar para essa discussão também"; Felipão: por apoiar o casamento gay "Eu acho que cada um escolhe a sua opção. Se é feliz tendo uma outra pessoa do mesmo sexo ao lado, seja feliz"; atriz Giovanna Antonelli (Globo), por defender o beijo lésbico na novela "Em Família"; ator Ney Latorraca, por dar bronca em mulher que fazia comentários homofóbicos em voz alta prejudicando a representação de "Entredentes"; cantora Valesca Popozuda pela campanha de divulgação de vídeos para criminalizar a homofobia; capitão da seleção brasileira de futebol, Thiago Silva, por se declarar contrário à homofobia, machismo e racismo em jogo na Colômbia.

6. Centro de Tradições Gaúchas de Santana do Livramento por aprovar realização de casamento de casal de lésbicas mesmo após ter sido parcialmente incendiado; rapazes do colégio Pedro II de São Cristóvão, RJ, que vestiram saia em apoio à colega transexual discriminada por usar uniforme feminino; Sport Clube Corinthians, por divulgar manifesto contra homofobia; Metroviários de SP, pelo protesto contra espancamento de um casal gay na Linha Azul do Metrô; Centro Estadual de Combate a Homofobia de Pernambuco, pela realização do concurso itinerante de talentos "Diversidade em Cena".

7. 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS, por condenar a Prefeitura de Porto Alegre à indenização de R$ 10 mil à travesti Marcelly Malta por discriminação em posto de saúde; 1º Juizado Especial Cível de Rio Branco, Acre, pela multa contra indivíduo que divulgou camiseta homofóbica no Facebook; 3º Juizado Especial Cível de Maceió, AL, por multar churrascaria que discriminou casal gay.

8. Universidades Federais da Bahia, do Recôncavo Baiano, de São Carlos (SP) e Universidades Estaduais da Bahia (Uneb) e do Piauí e Defensoria Pública da Bahia, pelo reconhecimento oficial do nome social de travestis e transexuais; Ministério Público do Paraná criação do Núcleo LGBTl; Assembléia Legislativa da Bahia, pela criação do Conselho Estadual LGBT.

9. Prefeitura de Niterói, por reconhecer o direito à licença paternidade a funcionário gay; câmaras municipais de Betim (MG) e Itaquaquecetuba (SP), pela oficialização do Dia Municipal contra Homofobia; Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e Conselho Nacional de Combate à Discriminação, por reconhecer direitos especiais aos presidiários LGBT.

10. Tribunal de Justiça do Mato Grosso e da Bahia e Comissão de Diversidade Sexual e Enfrentamento à Homofobia da OAB/BA, pela permissão de registro civil automático de filhos de casal de mães lésbicas; Juiz da 7ª Vara Federal de Teresina, Geraldo Magela, por conceder pensão por morte a uma lésbica viúva; 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, por determinar a um padrasto de Avaré, SP, pagar indenização por homofobia a seu jovem enteado; 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ, por determinar julgamento em júri popular ao pai que matou seu filho efeminado por espancamento ao 'ensiná-lo a ser um homem'.

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