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Em artigo, Aguinaldo Silva fala sobre o filme Milk e a luta gay

Em artigo publicado ontem (15/02), na versão on-line do jornal O Globo, o escritor e novelista Aguinaldo Silva (Duas Caras) disseca a respeito dos movimentos de libertação dos anos 70: gay, negro e feminista.

Logo de cara, o escritor diz que esses movimentos começaram suas lutas "sem imaginar que, 30 anos depois, todo aquele esforço lhes daria como prêmio ascensão ao poder máximo de um afrodescendente", em clara referência a Barack Obama.

Com certo saudosismo, Aguinaldo afirma que na época eles eram "a última grande novidade do século: as minorias atuando. E o auge dessa verdadeira farra foi em 1978".

No Brasil, Aguinaldo conta que viviam sob a ditadura e, mesmo assim, ele e um grupo de amigos fundaram o jornal gay "Lampião da Esquina". Ele revela que a maneira de fazer acontecer um meio tão inovador para época seguia os ditames "das guerrilhas: impressão na Rua do Livramento à distribuição num galpão da Rua da Relação, tudo era feito meio na clandestinidade, às escondidas, por debaixo do pano".

Sobre fazer um jornal gay na ditadura, o escritor lembra que bancas não queriam distribuir o jornal de "viado". Mesmo assim, três meses depois de seu lançamento, o impresso "já podia ser visto em exposição até mesmo nos redutos mais conservadores do Rio".

Com tristeza, ele conta que foi exatamente nesse momento de "absoulta esperança, que lá em São Francisco, nos Estados Unidos, mataram Harvey Milk". Aguinaldo divaga sobre o atentado em um país democrático. "Dias antes (do assassinato de Milk) acontecera um atentado a bomba contra a sede de outro jornal… Mas não fomos nós, foi Harvey Milk, que vivia num país de regime aberto e democrático e que, de todos os gays notórios de então, era o nosso grande ídolo".

No artigo, o escritor faz uma breve biografia de Harvey Milk. "Ex-hippie desbundado, figurinha carimbada de Nova York… Em poucos anos tinha sido eleito supervisor do distrito de Castro, onde os gays se concentravam". Na sequência ele fala do filme do diretor Gus Van Sant, "é dessa história que fala Milk", sobre o diretor ele o classifica como um "dos mais inquietos e controversos deste verdadeiro cemitério de elefantes no qual vem se tornando Hollywood".

A respeito do filme de Gus Van Sant, ele o considera "de época", pois, "nos remete ao calor da e nisso conta com a fundamental ajuda de Sean Penn", que o escritor considera estar em "dos seus melhores trabalhos".

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

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