Demitida da TV Globo após décadas na emissora carioca, a atriz Maitê Proença deu uma entrevista reveladora ao programa ‘Roda Viva’ da TV Cultura, onde, entre outros, falou sobre assédio sexual e perseguição interna de um diretor do plim plim. Recentemente, surgiram na imprensa mundial dezenas de relatos de artistas, majoritariamente mulheres, relatando casos de assédio e abuso sexual sofrido por famoso diretores, produtores e atores de Hollywood. Como se sabe, essa prática desprezível é tão antiga quanto a própria dramaturgia. Questionada no programa, Proença revelou que foi “assediada várias vezes, mas dava um ‘passa-fora’ para acabar aquela situação”. “Mas às vezes o sujeito é inteligente. Passa dez anos tirando papéis de você porque não cedeu ou falou alguma coisa que não agradou. Ele mina seu trabalhou”, afirmou a atriz. Ainda sobre sua vida artística, Maitê relatou um caso curioso de um diretor, cujo nome ela não revelou, que teria tentado “roubar” seu namorado. “Um diretor queria meu namorado. Ele precisou me tirar do caminho porque achava que seria mais fácil chegar a ele. Depois de seis que, em conversa com Boni, fiquei sabendo o que ocorreu. Esse diretor tinha me pedido para jogar uma garrafa contra a parede, como se fosse um ensaio. Ele gravou, mandou para o Paulo Ubiratan (diretor de novelas da Globo) e disse que eu era louca e que era impossível me dirigir”, revelou.
