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Em noite fervida, reinauguração de Megga não surpreende; Veja fotos

Muita expectativa e ansiedade foram criadas em torno da reinauguração do clube Megga, empreendimento dos mesmos donos da boate Bubu. A casa ficou fechada por um ano e o povo vivia a se perguntar: a Megga volta, ou já era? Ela voltou, mas no formato de clube party, ou seja, abrirá apenas uma vez por mês.

A boate surgiu para ser o diferencial, mas fica no mesmo patamar dos clubes existentes: Bubu Lounge e The Week, para ficar em dois exemplos. O que era para ser uma grande (re)estreia, não aconteceu e não surpreendeu. Dois pontos podem ser apontados como fatores para tal: o DJ Manny Lehman, com um line up mediano, e o serviço de bar, que era bem fraco.

O DJ escolhido para ser o convidado e grande atração da noite não foi um diferencial. Os meninos residentes da casa, Paulo Agulhari, Paulo Ciotti e André Medeiros em nada perdem para o moço, muito pelo contrário. Mas, entendemos que como estratégia de marketing ter um DJ de outro país no convite atrai mais público. Falta às bichas olharem mais para dentro.

O serviço de bar talvez tenha sido o ponto mais fraco da reestreia da Megga. No começo, quando a casa ainda estava vazia, os meninos até que davam conta, mas depois das 2h da manhã era uma batalha conseguir um drink. A reportagem fez um teste. Por volta das 3h30 foi pegar uma bebida no bar da pista 2. Ficamos por volta de 15 minutos e não conseguimos. Em seguida fomos para o bar da pista principal. Foram mais dez minutos e nada de bebida. Ao todo, 25 minutos por nada. O problema do atendimento persistiu até as 5h30 quando a reportagem deixou o local.

Tirando a questão do bar e do DJ, a casa encheu e reuniu vários gatinhos. Em certos momentos tinha-se a impressão de estar numa São Paulo Fashion Week tamanha a quantidade de gente bonita. Vale notar que a casa reuniu vários estilos: da camisa Polo aos modernex made Club Glória. Fora os belos rapazes, quem também deu as caras por lá foi o estilista Rogério figueireido, que também organiza a White Party e Rosana Amaral, criadora e gerente da festa carioca R:Evolution.

Com a nova lei antifumo as casas noturnas se adequaram como puderam. O espaço do clube para fumantes é ótimo, com bancos, mesas e visão para a rua. Previsível: por volta das 3h30 da manhã o local para fumantes era intransitável e quase não dava para respirar. Ironia, não?  Mas, o ambiente tava bem amigo e até pessoas que não eram fumantes ficavam um bom tempo por lá para beijar e conversar.

As grandes surpresas da noite foram as intervenções artísticas no decorrer da festa. A reportagem destaca duas: inspirado nas artes circenses surgiu um moço do teto que descia girando pela corda e fazia contorcionismo no ar. Outro momento que parou a pista principal foi quando, do nada, surgiu um rapaz todo encapado com plástico. De repente o performer começou a se mexer e uma bolha surgiu em torno dele. Dentro da bolha o belo performer dançava e papéis picados surgiam em certos momentos. A pista toda parou para apreciar a apresentação. Diferente, mas dividiu opiniões.

Outra grande sacada da casa foi o espaço destinado para comida japonesa. O restaurante oferece sashimii e temaki com preços que variam de R$10 a R$16 reais. O ambiente é todo decorado ao estilo oriental com mesinhas, cadeiras e sofás. O movimento ficou intenso perto das 5h da manhã. O povo se jogou no temaki. E, além de ser restaurante, muita gente usava o espaço para descansar e dormir. O único detalhe, digamos inconveniente, é que às vezes era possível sentir o cheiro de salmão em partes da pista 2. Talvez uma porta de vidro resolvesse a questão. A ideia de se ter um restaurante dentro da boate foi outra coisa que dividiu os frequentadores.

Perto do fim da festa as pessoas migraram em massa para a pista 2. Às 5h da manhã a pista em questão estava mais animada que a principal. Talvez o som do norte americano Manny Lehman fosse muito sério e várias pessoas se cansaram e resolveram se jogar ao som de Kylie Minogue, Lady Gaga e claro, Madonna. O novo single da cantora, "Celebration", foi executado à exaustão. Todos os remixes possíveis foram tocados e o povo foi ao delírio.

Concluindo: se a ideia dos organizadores é criar uma referência mensal na noite gay paulistana terão que ousar mais na próxima festa. Bubu e The Week em nada perdem para a Megga. E se é para ser um evento indispensável no calendário das bichas, os organizadores precisam suar um pouco mais a camisa (polo) e oferecer uma casa distinta do que já existe. Muitos foram para lá com a expectativa de encontrar algo inovador e saíram com a sensação de mais do mesmo.

Serviço:
Megga Club
http://www.meggaclub.com.br
Rua Achilles Orlando Curtolo, 646 – Barra Funda
Tel: 11- 3063 5519

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