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Em novo disco, Digitalism volta com sonoridade mais pop

O tão aguardado novo disco do duo alemão Digitalism caiu na rede – o lançamento oficial estava marcado apenas para o dia 20 de junho. A dupla, formada pelos talentosos Jens Moelle e Ismail Tufekçi, não lançava nada desde 2006, data do bem sucedido disco de estreia "Idealistic", que ganhou o mundo com o single "Pogo".

E o que dizer deste novo trabalho da dupla? Para quem espera algo na mesma linha do disco anterior, pode tirar o cavalinho da chuva. Não que isso seja um demérito, pelo contrário, a dupla resolveu experimentar novas sonoridades e está mais próxima do indie rock com um tanto de electro. Porém, a distorção densa, que virou marca da dupla, permanece lá e isso deve agradar a maioria.

O álbum abre com a poderosa e dançante "Stratosphere", que já circulava pela rede por meio de um EP, "Blitz", lançado no final do ano passado, que além da música citada traz a faixa título e mais dois remix. Na sequência, vem a linda "2 Hearts", que deve estourar no mundo inteiro e está dividindo opiniões nos fóruns de música eletrônica. Parte dos fãs tem se declarado "decepcionado" e uma outra parte tem amado a música e gostado da curva indie rock dramática da canção.

Mas para quem gosta de escutar o Digitalism fazendo som pesado, pode ficar tranquilo: os meninos não abandonaram os ruídos. Esse fato se constata logo na terceira faixa, "Circles", e com a pesadíssima "Forrest Gump", que conta com a participação de Julian Casablancas, vocalista do Strokes. Mas, neste trabalho, as melhores músicas são mesmo as mais melodiosas e tudo leva a crer que essa era a intenção da dupla.

Se tiver que dar uma classificação para o novo trabalho de Moelle e Ismail, a nota é 10, pois ao mudar a sonoridade sem perder a marca, o Digitalism corre o risco de deixar alguns fãs mais xiitas para trás, mas também provam que é possível fazer música eletrônica sem perder a qualidade e deixar de ser autoral. "I Love you, dude" é o típico disco que você coloca e não para de escutar. Vai facilmente até o fim.

Provavelmente os rapazes vão entrar novamente em turnê mundial e vamos torcer para que eles retornem ao Brasil – eles estiveram na edição fatídica do Skol Beats, em 2008. Quem esteve presente ao show pode constatar que o Digitalism consegue transpor para os palcos toda a energia que carrega no disco e em muitos momentos é até superior que a versão de estúdio. No mais, "I Love you, dude" é um disco para se ter no MP3 e escutar à exaustão.

Abaixo confira os dois singles de trabalho do novo disco do Digitalism:

“Direto da Redação”: Gay de “Insensato”, últimas da Parada, Blue Space, sargento…

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