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Em passagem pelo Brasil, Placebo faz crítica aos canais de TV evangélicos

No último sábado (17/04), os ingleses do Placebo realizaram show no Credicard Hall, em São Paulo. Esta foi a terceira vez que a banda tocou no Brasil – o grupo se apresentou com a turnê do sexto álbum, "Battle for The Sun", lançado no ano passado e que dividiu opiniões da crítica e dos fãs.

Fazendo valer a lenda de que os ingleses são pontuais, os músicos iniciaram o show às 22h. Abriram com "For what is for" e, na sequência, tocaram "Ashtray heart", ambas do último disco. Para deixar o público ainda mais fervido, tocaram "Battle for the Sun" e, em seguida, Brian Molko fez o seu primeiro contato com o público com um "obrigado" cheio de sotaque.

O Placebo envelheceu e o seu público também. Havia muitas diferenças daquele show realizado em 2005, primeira vez da banda por terras brasileiras no auge da carreira. À época, o show foi muito criticado, considerado burocrático demais e com hits a exaustão. O tempo passou e as coisas mudaram.

A banda voltaria ao Brasil em 2007, na turnê de seu penúltimo disco "Meds". Brian Molko já não estava tão montado como no começo de carreira. O som da banda também passava por transformações, os rifs fáceis e grudentos iam dando espaço para novas sonoridades mais densas.

"Battle for the sun" pode ser considerado o ápice dessa mudança com músicas mais trabalhadas. Hoje, a melodia do Placebo conta com violinos e pianos. Ganhou um novo baterista, Steve Forrest, que, com os seus 20 anos, imprime energia à apresentação da banda.

Um dos momentos altos do show foi quando, antes de iniciar a canção "Speak in tongue", Brian Molko fez um discurso contra os canais evangélicos de televisão. "Eu vi que a TV de vocês possui canais onde missas religiosas são proferidas, e aí me lembrei da minha infância, quando a minha mãe me levava para cultos evangélicos e eu nunca me adaptei, nunca aceitei a língua deles, pois não condiz com a realidade", falou. O público, claro, foi ao delírio.

Com 1h e meia de show, a banda descartou um show fácil repletos de hits. Dos clássicos apenas "Every you, every me", "The Biter end" e "Special K". A apresentação foi densa e para os fãs revelou também uma banda que melhora com o passar do tempo e que não se rendeu a modismos sonoros.

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