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Em “preciso de sexo na real”

Sempre que eu ia à casa do meu tio Roger, – ele é forte, moreno, tem um jeito de machão e na época devia ter uns 28 anos – eu ficava na porta do quarto dele na expectativa de vê-lo trocar de roupa.

ALUCINAÇÃO: Eu estava no banheiro, quando meu tio vinha por trás, me pegava no colo e… [Eu não deveria falar essas coisas, mas posso contar agora que sou… Vocês sabem… Uma sedenta por sexo]

Se minha mãe estiver lendo isso, provavelmente vai começar a chorar. Meu pai tentará me dar uma surra. [Como alguém pode sentir tesão pelo próprio tio e ser apaixonado pelo primo?]

Um dia, meu tio percebeu que eu o olhava. Ficou bravo e disse frases do tipo. "O que você está olhando? Quer me chupar, é isso?" [Por que eu não disse que era isso que eu queria?]

Saí correndo e aquela imagem (Meu tio pelado, gritando pra eu chupá-lo) ficou como um filme se repetindo na minha cabeça o tempo todo. Era como se eu tivesse nascido para destruir a falsa moral de uma família.

PERFIL FAMILIAR: Meu tio Roger trai a mulher e tem vício em vários tipos de droga. Meu pai, mesmo formado, aliás doutorado, é mais ignorante e bruto que uma porta. Minha mãe guarda tantos segredos, que tem incontroláveis crises de enxaqueca toda semana. Para minha família, pactos como o casamento são para a vida inteira, mesmo que sejam só de fachada.

[Confesso, eu também tinha um pouco de falsa moral, mas quem não tem?] Preferia entrar em sites pornôs e me acabar no sexo imaginário, a sofrer com o remorso do sexo casual. [Por que eu estou pensando em sexo? Eu só beijei um cara a minha vida inteira…]

FATO: Muitas bichas vivem em uma falsa e irritante moral, elas dão dinheiro para o mercado do pornô, mas julgam as bichas que vão a cinemões e entram em dark room.

Eu precisava de um cara ideal para minha primeira vez e estava disposto a encontrá-lo.

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