No mesmo dia em que declarou que irá levar o PLC 122, projeto que criminaliza a homofobia no Brasil, à aprovação no Senado, Marta Suplicy (PT-SP) fez o seu primeiro discurso como senadora e nele defendeu a união civil gay e a criminalização da homofobia. Para a parlamentar, o Congresso Nacional se "apequenou" frente a estas questões.
Suplicy disse aos colegas que a sua trajetória profissional sempre esteve marcada pela luta em favor "dos mais pobres" e ao combate "a todo tipo de preconceito e discriminações". Em seguida, ela criticou o Parlamento no que diz respeito aos direitos LGBT.
"Quanto às relações homoafetivas, o parlamento brasileiro se apequenou e caminhou em total dissonância com o Poder Judiciário e com a sociedade civil, onde conquistas importantes foram feitas; assim como as foram no Executivo", declarou Suplicy, que em seguida protestou por hoje o Brasil ser notícia por conta de seus crimes homofóbicos.
"O número de assassinatos homofóbicos cresce no Brasil. Enquanto os países vizinhos avançaram nos direitos de cidadania GLBT, nós somos notícia com espancamento de homossexuais na principal avenida de São Paulo. Retomarei o tema, através do desarquivamento do PLC 122 que criminaliza a homofobia", avisou a senadora.
Por fim, a parlamentar falou da questão das mulheres e que, apesar dos progressos, muitas delas ainda sofrem com a violência. "Os dados são alarmantes. Há cerca de dois milhões de mulheres espancadas por ano, ou seja, uma a cada 15 segundos", denunciou.
Ao final de seu discurso, Marta Suplicy criticou o tom conservador que dominou a última campanha presidencial.
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