Para este sábado (29), Dia da Visibilidade Lésbica, a Liga Brasileira de Lésbicas organizou uma programação especial em São Paulo. Veja abaixo o texto da LBL sobre a data e a programação do evento:
Visibilidade Lésbica, uma bandeira que faz muito sentido
O dia nacional da visibilidade lésbica, 29 de agosto, foi instituído em 1996, em referência ao I SENALE – Seminário Nacional de Lésbicas, ocorrido no Rio de Janeiro. Em 2003, durante o V SENALE realizado em São Paulo, as lésbicas reafirmaram essa data e decidiram realizar atividades em todo o País em comemoração ao dia da visibilidade. Desde então, ano a ano, crescem em número e qualidade as ações pela visibilidade lésbica.
O direito de existir, de ser como somos é o primeiro dos direitos para a garantia de uma vida saudável. A mulher sempre foi invisibilizada na sociedade brasileira, especialmente quando se trata de direitos e espaços de poder. Se estas mulheres são lésbicas e negras, a invisibilidade, o preconceito e discriminação é ainda maior.
Felizmente, a cada dia cresce a organização lésbica feminista na luta por políticas públicas que garantam igualdade e dignidade para esta população.
Nas diversas conferências nacionais, notadamente a de políticas para as mulheres, a presença e o protagonismo das lésbicas tem sido um fato reconhecido. Em 2008, a 1ª conferência Nacional GLBT aprovou a mudança da sigla oficial para LGBT, com o objetivo de valorizar a identidade lésbica. Além da ordem das letrinhas, é urgente que se garanta cidadania e implementação de políticas públicas que reconheçam as especificidades das mulheres lésbicas e bissexuais.
Para nós da Liga Brasileira de Lésbicas, o dia nacional da visibilidade lésbica representa resistência ao machismo, ao patriarcado e sua expressão mais nociva – a heterossexualidade como norma. A Visibilidade Lésbica é uma forma de dizer não ao cerceamento sobre nossos desejos e afetos. Visibilidade Lésbica, portanto, é todo dia quando dizemos NÃO à heterossexualidade obrigatória na família, no trabalho, na sociedade, na militância, nos espaços de lazer. O Estado deve reconhecer nossos direitos civis, sociais, econômicos, culturais, trabalhistas. Lutamos por cidadania plena, pelo respeito á livre orientação sexual e pela efetivação do Estado Laico de fato!
As manifestações nesta data acontecem em todas as regiões do país, através de seminários, shows, caminhadas em que as mulheres lésbicas se afirmam enquanto sujeito político.
Participe e afirme: Ser Lésbica é um Direito!
Programação do evento:
Assembléia da Frente Paulista Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto
Juntas pelo direito das mulheres decidirem sobre seu corpo e sexualidade. Nenhuma mulher deve ser obrigada a ser mãe. Nenhuma mulher deve ser impedida de ser mãe porque é lésbica.
Horário: 9h às 13h
Cine Lés: DESEJO PROIBIDO
Com Vanessa Redgrave, Chloë Sevigny, Sharon Stone e Ellen DeGeneres.
Horário: 14h
Roda de Conversa com convidadas
Sandra Elena Spósito – Coordenadora da Comissão de Sexualidade e Gênero do CRP/SP / Iara Viana – Cantora, ativista lésbica-feminista da LBL e estudante de Letras / Camila Furchi – ativista lésbica-feminista da Marcha Mundial de Mulheres / Eleonora Menecucci – Feminista, sanitarista e professora titular da UNIFESP
Horário: após o Cine Lés.
Local: Auditório do SindSep
Rua da Quitanda, 162, Praça do Patriarca – SP
Maiores informações:
www.lbl.org.br
www.ligalesbicasp.blogspot.com
ligabrasileiradelesbicas@uol.com.br