A partir de hoje (14) começam a ser exibidos uma série de vídeos institucionais do Partido Social Cristão (PSC). Dois temas dão o norte da campanha: "Vida, eu apoio", onde o partido defende a lei seca como meio de proteção a vida humana e "Família, eu apoio", onde a agremiação defende o matrimônio heterossexual e reprodutivo.
O vídeo inicia contando a história de um casal de sexo oposto que se conhece, casa e constitui família, no caso, reproduz. Com isso, segundo o PSC, esta família ajuda a sociedade crescer e a se desenvolver. Além de ajudar no desenvolvimento da sociedade, o partido afirma que "as políticas públicas são pensadas prioritariamente para esta família (heterossexual)". Ou seja, as políticas públicas são destinadas as famílias heterossexuais e não para as famílias homoafetivas, que foram reconhecidas recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
E para piorar, o vídeo institucional do PSC afirma que é dever da política proteger esta família, suas idéias e tradições. Na sequência, em tom severo, o narrador diz que estão querendo "impor uma censura à família e valores que não fazem parte da sua essência". Por fim, o vídeo pergunta: "Mas, sem ela, onde toda essa história vai parar?", como se as famílias constituídas por casais do mesmo sexo fosse um ataque a evolução material e política da sociedade.
A reportagem de A Capa tentou entrar em contato com o presidente do Partido Social Cristão para comentar o vídeo, mas não obteve sucesso.