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Empreendedores LGBTQ+ celebram resistência no primeiro Pride sob Trump

Com desafios crescentes, negócios queer se mobilizam para apoiar a comunidade e promover a alegria como forma de resistência.
Empreendedores LGBTQ+ celebram resistência no primeiro Pride sob Trump

Com desafios crescentes, negócios queer se mobilizam para apoiar a comunidade e promover a alegria como forma de resistência.

À medida que se aproxima o primeiro mês do Orgulho sob a presidência de Donald Trump, empreendedores LGBTQ+ estão se unindo para enfrentar os desafios que surgem com a administração. Desde a sua posse, Trump tem promovido uma série de ações que ameaçam os direitos da comunidade queer, especialmente aqueles que pertencem a grupos trans e não conformes em gênero.

Os empresários estão mais do que nunca determinados a apoiar seus clientes e a sua comunidade, utilizando suas plataformas para criar espaços de segurança e celebração. A seguir, conhecemos a história de quatro desses empreendedores que, em meio a um clima de incerteza, estão se destacando como vozes de esperança e resistência.

Casamentos em alta

Em Nova Inglaterra, a fotógrafa de casamentos, Lindsey “Lensy” Michelle, relata um aumento significativo na demanda por seus serviços. Muitas duplas queer estão apressando seus planos de casamento, temendo que a administração de Trump possa ameaçar o reconhecimento da igualdade matrimonial. “Estou ficando cada vez mais ousada e mais queer”, afirma Michelle. Para ela, o mês do Orgulho é um momento crucial para que fornecedores de casamentos reflitam sobre a inclusão e a linguagem utilizada em suas campanhas.

Ela observa que agora muitos casais estão se registrando legalmente antes da cerimônia, como uma forma de se proteger em um cenário cada vez mais hostil. “É um privilégio poder celebrar em vez de protestar, mas a verdade é que precisamos fazer os dois”, enfatiza.

Sobrevivência e apoio

Charis Books & More, uma livraria em Decatur, Geórgia, também tem se destacado como um espaço de apoio para a comunidade LGBTQ+. Errol Anderson, diretor da organização sem fins lucrativos Charis Circle, ressalta a importância de criar um ambiente seguro para jovens e famílias. “Historicamente, sempre fomos considerados foras da lei, mas podemos ser foras da lei novamente e sobreviver a isso”, reflete Anderson.

A livraria organiza eventos e grupos de apoio para pessoas trans e não conformes em gênero, servindo como um farol de esperança em tempos difíceis. “Muitas pessoas se sentem sem esperança, mas precisamos lembrar que temos o poder de nos manifestar e que nossas vozes importam”, diz.

A alegria como resistência

Em Nova York, o bar queer Henrietta Hudson está retornando às suas raízes como um espaço de ativismo político. Hutch Hutchinson, diretor de operações do bar, observa um aumento na necessidade de espaços seguros para a comunidade. “A energia aqui é diferente; as pessoas estão buscando estar entre outras pessoas queer e em um ambiente seguro”, comenta.

O bar tem se posicionado ativamente contra as medidas do governo que ameaçam os direitos da comunidade, organizando eventos que promovem a inclusão e a solidariedade. “Nossa alegria é resistência”, afirma Hutchinson, enfatizando a importância de celebrar e lutar ao mesmo tempo.

Visibilidade é fundamental

Enquanto isso, em St. Louis, Missouri, o coletivo de arte Swan Meadow busca criar um espaço seguro onde as pessoas possam ser simplesmente quem são. Fern e Mellody Meadow, ambos usando pronomes neutros, abriram o espaço como uma resposta ao clima político tenso. “Estamos sempre tentando criar eventos onde as pessoas possam se reunir e lidar com emoções complicadas”, afirmam.

Com eventos comunitários e arrecadação de fundos, o coletivo se propõe a ser um ponto de apoio e visibilidade em tempos de discriminação crescente. “Ser visível é mais importante do que nunca”, concluem.

A abordagem coletiva desses empreendedores mostra que, mesmo em tempos de adversidade, a comunidade LGBTQ+ não apenas resiste, mas também floresce através da alegria, da inclusão e da solidariedade. É uma celebração do espírito queer que se recusa a ser silenciado, mesmo diante das dificuldades.

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