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“Porta dos Fundos” actor speaks seriously and criticizes politicians and artists who avoid coming out of the closet

The actor and writer Gregory Duvivier, mais conhecido pelo trabalho no canal Porta dos Fundos, escreveu um artigo para a Folha de São Paulo nesta segunda-feira (25) em que critica os artistas e os atuais políticos que evitam "sair do armário" ou levantar bandeiras sobre assuntos importantes.

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Segundo o ator no texto "O país e o Armário", "é constrangedor" ver os principais candidatos focando no eleitorado conservador e tendo discursos que privilegiam a tradição que impossibilita evoluções sociais.

"Não se trata de propor mudanças, trata-se de vender apego à tradição. (Os candidatos atuais dizem:) 'Você me conhece, sabe que eu sou o que mais acredita em Deus, o que mais passou longe de dar a bunda, de cheirar pó, olhem só a minha filha virgem, olhe como o meu filho é hétero'. Todos estão desesperados pelo voto conservador".

Gregorio comenta que o apelo não se restringe aos conservadores óbvios e afirma que em uma conversa com um amigo gay se surpreendeu ao escutar que ninguém precisa levantar bandeiras porque é cafona.

"(Ele disse) que levantar bandeira é cafona e que quem sai do armário é porque quer atenção. Amigo, tudo bem, ninguém é obrigado a sair do armário. Mas você não precisa trancar a porta por dentro".

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O ator lembra o manifesto de 1971 que ocorreu na França, em que 343 mulheres assinaram o texto publicado no Nouvel Observateur que admitiram ter feito aborto. E que em 1975, o aborto deixou de ser crime na França, sendo chamado de "interrupção voluntária da gravidez", "livre e gratuita" até a décima semana de gestação.

"Sair do armário não é um ato exibicionista. Levantar bandeira também não. O manifesto das 343 vagabundas, como ficou conhecido, não permitiu às manifestantes que elas fizessem um aborto. Elas já o tinham feito. Permitiu às suas filhas e netas. (…) Estamos longe dessa lei por aqui (no Brasil). Nenhum dos candidatos presidente parece interessado em discuti-la. Tampouco a classe artística está interessada em sair do armário nesse assunto".

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Ele finaliza pedindo a união de quem está na mira dos conservadores: "Ateus, maconheiros, vagabundas, pederastas, sapatões e travestis do mundo: univos. Porque o lado de lá tá bem juntinho".

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