Menu

Conteúdo, informação e notícias LGBTQIA+

in

“Encontro com Fátima Bernardes” fala sobre gays e homofobia com Jean Wyllys; assista

O programa “Encontro com Fátima Bernardes” dessa quinta (21) trouxe como tema pessoas que assumiram a sua homossexualidade e enfrentaram o preconceito da sociedade.

Participaram do bate-papo com a apresentadora o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e o jogador de vôlei Michael dos Santos.

Jean relembrou sua participação na quinta edição do “Big Brother Brasil”. Ao receber seis votos logo no primeiro paredão do programa, Jean disse para todo o país que tinha sido votado pelo fato de ser homossexual. “Era uma rejeição, ainda que não confessada, ao fato de eu ser gay. Era um momento de homofobia na casa”.

Ele considera que sua fala no BBB foi importante para colocar em discussão no país o tema da homossexualidade. O deputado revelou que antes do reality já era assumido na sua vida profissional e para os seus amigos e familiares. “Contei primeiro para os meus irmãos e depois para minha mãe. Ela chorou e disse ‘preferia que você não fosse’. O instinto é de proteção. A rejeição dela não durou muito”, conta Jean.

Já Michael relembrou o jogo da Superliga de Vôlei quando a torcida o ofendeu e humilhou. “Aquilo não me deixou bravo ou irritado, senti vergonha, medo, constrangimento. Não dava para achar normal”.

O jogador conta que seus colegas de time e sua família já sabiam que ele era gay. Mesmo assim, dois dias depois do ocorrido, ele resolveu tornar púbico para todo o país. “Por eu ser resolvido comigo, não podia deixar passar dessa maneira. Nunca tinha recebido um ato tão grande de preconceito”.

Michael disse que sua mãe também é homossexual, o que facilitou sua saída do armário para sua família. “Foi um amigo meu que chegou para ela e contou. Ela chegou em casa e pediu para eu tomar cuidado com essa vida, me prevenir. As coisas foram muito naturais, nunca teve proibição”.

Jean ainda falou sobre a sua concepção de homofobia. “As pessoas não querem se assumir homofóbicas. Elas acham que homofobia é só quando você matar um gay. Homofobia existe quando você não quer tratar do tema. Quando você diz que aceita os gays, mas não quer ver o afeto gay, dois homens trocando carícias públicas. Esse preconceito está arraigado, só vai ser destruído a médio e longo prazo com educação”.

Assista aos vídeo do programa AQUI.

Sair da versão mobile