Na última quinta-feira (15/07) o mundo viu o Senado argentino discutir por mais de dez horas seguidas a lei que aprovava a união civil gay no país. Após longo debate e uma votação apertada, os parlamentares deram uma lição de democracia com cara de século XXI e igualaram os direitos dos casais gays aos dos heterossexuais.
Paradoxo sul-americano. Nos anos 90, o Brasil se tornou o país mais avançado no que diz respeito ao debate sobre a união civil gay. Isso se deu quando, em 1995, a então deputada federal Marta Suplicy (PT) apresentou o projeto de lei que visava garantir o direito aos casais homossexuais. Sempre que entrava em pauta para ser votado, os parlamentares, inclusive alguns do PT, esvaziavam o Plenário e derrubavam o quórum mínimo para a votação. Por conta disso, o projeto de Marta Suplicy completou 15 anos de gaveta.
O projeto ganhou uma atualização do deputado federal José Genoíno (PT-SP). Segundo o deputado disse ao jornal "O Estado de São Paulo", o PL sobre união civil gay no Brasil dificilmente será votado este ano por conta das eleições. Os concorrentes a cargos no Executivo não querem se envolver em temas "polêmicos". Mas acredita que, em 2011, o Congresso brasileiro deve votar a união civil homossexual.
Por conta disso, queremos saber de você, leitor: acredita que a lei argentina irá influenciar os nossos parlamentares a aprovarem a união gay no Brasil?