Noticiamos na segunda-feira (18/08), o triste episódio envolvendo a transformista Silvetty Montilla, que foi vítima de homofobia dentro de uma cafeteria em plena Vieira de Carvalho, reduto gay mais antigo de São Paulo.
Silvetty estava com um amigo dentro da Empadaria da Vovó, quando um terceiro amigo passou, a viu, entrou na loja e a cumprimentou com um selinho. O ato foi suficiente para que a gerente do local, Maria Helena, começasse a gritar com o grupo de amigos. Disse que aquele tipo de coisa, o beijo, não poderia acontecer dentro da loja, pois constrangia os funcionários. À reportagem a proprietária da loja revelou que preza por um ambiente "saudável". Como?
Não é preciso dizer que a notícia repercutiu na comunidade homossexual paulistana. De um lado algumas pessoas disseram que foi um absurdo a atitude da comerciante. Algumas a apoiaram, pois acreditam que o beijo entre pessoas do mesmo sexo ainda choca. Outra parcela apoiou Silvetty, mas disse que ela deveria ter denunciado a loja e aplicado a lei estadual 10.948, que pune atos homofóbicos no estado de São Paulo.
O assunto da troca de afeto gay em público é polêmico até mesmo entre a comunidade LGBT. Há muitos que acham errado manifestar carinhos em público, pois alegam que a sociedade ainda não está preparada e que devemos ser reservados, ou seja, ser gay entre quatro paredes. Na outra ponta estão os gays que afirmam ter os mesmos direitos que os heterossexuais, pois a Constituição garante a nossa liberdade. Há ainda um terceira parcela que afirma trocar carícias apenas em locais onde há concentração gay ou em são "gay-friendly".
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