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“Entre a Tradição e a Modernidade: A Luta de um Rabino Gay para Reconstruir sua Identidade e Comunidade”

O documentário “Sabbath Queen”, dirigido por Sandi DuBowski, traz uma narrativa profundamente comovente sobre a vida do Rabino Amichai Lau-Lavie. O filme revela a luta de Lau-Lavie entre seu legado familiar como filho de uma linhagem de rabinos ortodoxos e sua identidade como um homem gay que se tornou drag queen. A história é marcada por momentos de dor e descobertas, começando com a trágica história de seu avô, que liderou sua congregação para a câmara de gás durante o Holocausto. Lau-Lavie menciona que a imagem de seu avô sempre o faz pensar em Deus, ilustrando a conexão espiritual que ele busca em sua jornada.

Após se mudar para Nova York, Lau-Lavie co-fundou a Lab/Shul, uma congregação experimental que se distancia das tradições mais rígidas, promovendo um espaço de espiritualidade inclusiva. Ele se transforma na figura de Hadassah Gross, uma sobrevivente húngara de Auschwitz, inicialmente como parte da celebração de Purim, mas que logo se tornou uma presença constante em sua vida.

O documentário também aborda as tensões familiares que surgem com suas escolhas de vida, incluindo sua decisão de se tornar pai de três filhos através da doação de esperma, algo que surpreendeu seus pais. Lau-Lavie reflete sobre a importância de ser visto como um membro ativo da comunidade, mesmo dentro de um contexto que muitas vezes marginaliza a diversidade sexual.

Dentre os temas abordados, o filme questiona os limites do que significa ser um rabino e os desafios enfrentados por aqueles que tentam reconciliar a tradição com a modernidade. Lau-Lavie expressa esperança de que seu testemunho ajude a reduzir o estigma em torno da comunidade LGBTQ+ dentro do judaísmo, destacando a necessidade de diálogo e compreensão para combater a depressão e o suicídio entre jovens que se sentem excluídos.

“Sabbath Queen” é uma obra que não apenas ilumina questões de identidade e pertença, mas também convida à reflexão sobre a espiritualidade em tempos de crise e a importância de ver a humanidade nos outros. Essa narrativa poderosa é um chamado à empatia e à aceitação, especialmente em um momento em que muitas comunidades enfrentam desafios significativos em suas crenças e práticas.

Com uma duração de 105 minutos, o filme é um testemunho de 21 anos de captação de material, oferecendo uma visão íntima e honesta da vida de Lau-Lavie, que espera que sua história inspire outros a abraçar suas verdades e a buscar um espaço seguro dentro da sua fé.

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