No rastro do crescimento do mercado editorial gay brasileiro, chegou às bancas no mês passado o primeiro número da revista Entre Ellass, dirigida ao público lésbico.
Antes mesmo de ser lançada, a publicação gerou polêmica porque a princípio utilizaria o mesmo nome de outra revista dirigida ao segmento, a extinta “Sobre Elas”, da jornalista Nina Lopes. “Olha… eu não coloquei dois L´s e dois S´s por esse motivo. Já estou em contato com ela (Nina) para chegarmos a um acordo. Vai dar trabalho, mas se precisar, eu mudo o nome”, disse o editor Paulo Coutinho em entrevista ao Portal Imprensa.
Em sua primeira edição, a Entre Ellass traz, a pedido das próprias lésbicas, segundo Coutinho, três ensaios sensuais, “mas nada muito ousado”. Além disso, os destaques são uma entrevista com a cantora Isabella Taviani, uma reportagem sobre cirurgia íntima, outra sobre fetiches e ainda uma coluna social.
Além da Sobre Elas, de Nina Lopes, o público dyke brasileiro já viu nascer outras publicações exclusivas. Em 2005, a jornalista Ana Azevedo lançou a “Lés”, que saiu de circulação poucos meses depois de ser lançada. No exterior, porém, o mercado editorial lésbico é bem mais forte e atraente, com destaque para a norte-americana “Curve” e a inglesa “Diva”.
Em entrevista ao Dykerama.com, Coutinho explica que a Entre Ellass surge para suprir a carência de publicações dirigidas às mulheres homossexuais e bissexuais. “Várias amigas sentiam essa falta de informação, diziam que somente o público masculino tinha esse privilégio e o feminino era pouco divulgado”, diz.
Ao preço de R$ 9,90 e tiragem de 30 mil exemplares (sendo que 9 mil serão distribuídos somente na cidade de São Paulo), a nova revista tem 52 páginas e será mensal. A próxima edição já está sendo preparada e contará com uma reportagem sobre adoção e uma entrevista com a cantora Renata Fausti.
Em breve, você poderá escolher a próxima capa da revista acessando o endereço www.entreellass.com.br.
