Segundo a Silueta X Association, organização pró-direitos LGBT do Equador, o ano de 2019 foi o maior com números de assassinatos e mortes violentas por motivações de LGBTfobia desde que a ONG começou a contá-las em 2010.
A Silueta X contabilizou 16 casos em 2019, enquanto em 2018 registrou dois. A maior parte das vítimas de 2019 são mulheres trans.
“Conforme o ano passou, nós percebemos que as estatísticas estavam terríveis”, contou Diane Rodríguez, diretora da ONG, em entrevista à agência de notícias Reuters. “É difícil ver imagens de alguém feliz nas redes sociais e, de repente, ela ter ido embora.”
De acordo com Rodríguez, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Equador – um país de maioria católica e conservadora – em 2019 pode ser a razão pela qual tantas mortes aconteceram.
No mesmo ano, a Suprema Corte equatoriana reconheceu um casal lésbico como mães pela primeira vez, enquanto em 2016 foi aprovado um projeto de lei que permite pessoas trans mudarem o nome na identidade sem fazer cirurgia antes.
Em 1998, contou Rodriguez à Reuters, a homossexualidade foi descriminalizada no Equador e a quantidade de assassinatos de LGBTs cresceu.