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“Era o demônio” – Pastor candidato à prefeitura de Salvador afirma ser ex-gay

Numericamente na terceira colocação das pesquisas, uma figura pitoresca faz sucesso na capital baiana: o deputado estadual Pastor Sargento Isidorio (PDT), conhecido como Doido.
Ele conta que o apelido, que virou até jingle de campanha (“Agora é a vez do Doido/Doido por Salvador”), veio de uma crítica feita pelo prefeito ACM Neto, à frente da disputa na campanha pela reeleição, que teria lhe chamado de maluco alguns anos atrás. Diante da situação, um de seus filhos lhe disse: “Pai, melhor ser doido do que ladrão”.

Foi a deixa para incorporar o termo à campanha.

 
Deputado por três mandatos, o segundo mais votado da Bahia em 2014, o candidato se diz um “ex-gay”. Atribui a fase em que “esteve” gay a um episódio de abuso sexual de que foi vítima quando era criança e, depois, ao uso de álcool e drogas em excesso. E explica ter se livrado dos “vícios” — termo que usa inclusive para classificar sua orientação sexual na época — há 23 anos.
 
"Eu estava gay, sim. Já queimei rodinha e rosquinha, queimei tudo, mas o que interessa é que Jesus mudou a minha vida", conta o deputado, hoje pastor evangélico: "Agora eu sou pastor, mas eu era um demônio".
 
Apesar de se declarar ex-gay, Manoel Isidorio Santana Junior diz não ter preconceito contra homossexuais:
 
"Moro no meio de vários meninos alegres e entre meninas que gostam de botar aranha com aranha. Sem homofobia, sem violência, porque a Constituição garante direito a todo mundo". 
Hoje evangélico, Isidorio conta que já foi do candomblé e incorporou cantos e danças em seus eventos de campanha. Sem atos performáticos, diz, não consegue votos na capital baiana.  

"Fiz e faço teatro até hoje, senão não ganho voto. E danço batendo uma perna na outra. Quem não tem dinheiro conta história", conclui.

 
O candidato a vice na chapa do pastor também é polêmico: o ex-deputado federal Luiz Bassuma, um dos autores do Estatuto do Nascituro e militante contra o aborto. Bassuma também ficou conhecido nacionalmente por incorporar um espírito no meio do plenário da Câmara, em 2004, quando presidia uma sessão em homenagem ao bicentenário do nascimento de Allan Kardec.
 
Fonte: O Globo

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