O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, lançou oficialmente o “Ano da Família” em 13 de janeiro de 2025, utilizando a ocasião para criticar a comunidade LGBTQIA+ e anunciar uma série de medidas destinadas a aumentar as taxas de natalidade no país. Durante seu discurso, Erdogan enfatizou a importância de uma família forte como base para um Estado forte, revelando propostas financeiras focadas em apoiar jovens famílias.
Erdogan, que tem uma postura firmemente conservadora em relação à família e à sexualidade, reiterou suas preocupações sobre o que considera influências externas e ideologias danosas que ameaçam a estrutura familiar tradicional. Ele descreveu os movimentos LGBTQIA+ como parte de uma conspiração estrangeira destinada a desestabilizar a Turquia, afirmando que é responsabilidade da sociedade proteger as crianças e jovens dessas ‘tendências nefastas’.
O Presidente condenou as políticas de neutralização de gênero, afirmando que a comunidade LGBTQIA+ é usada como um instrumento para atacar a família. Ele também criticou a opressão que enfrenta quem defende valores familiares, fazendo uma analogia com a repressão de críticas ao sionismo.
Nos últimos anos, a comunidade LGBTQIA+ na Turquia, apesar de sua visibilidade limitada, se tornou um alvo frequente do governo. Desde 2015, as paradas do orgulho LGBTQIA+ têm sido proibidas, e os participantes frequentemente enfrentam repressão policial. Em contraste, movimentos anti-LGBTQIA+ têm recebido apoio do governo, refletindo a crescente hostilidade em relação a essa comunidade.
Erdogan também destacou o que considera um ‘declínio alarmante’ na taxa de crescimento da população turca, que caiu de 2,53% em 2015 para apenas 0,23% no ano anterior. Para enfrentar essa crise demográfica, ele anunciou políticas como empréstimos sem juros para recém-casados, subsídios monetários para pais de recém-nascidos, e apoio financeiro para incentivar a formação de novas famílias. O foco nas ‘famílias tradicionais’ e na condenação de ideologias LGBTQIA+ demonstra um compromisso contínuo de Erdogan em moldar a política familiar turca em um sentido conservador, alinhando-se com outras figuras políticas que defendem valores semelhantes na Europa.
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