O público das sextas-feiras do clube D-edge, com a noite Freak Chic, sempre foi enigmático. Nunca se sabe ao certo quem você irá encontrará ali. Na última sexta-feira, 5/1, não foi diferente. Uma fila enorme e uma muvuca divertida tomavam conta da porta. Era a primeira edição do ano da Freak Chic, e as pessoas, que já voltaram para São Paulo, decidiram se jogar por lá. O DJ Marcos Morcerf abriu a pista que se dividia entre dois grupos: os que foram para ver a apresentação da dupla e os que foram para se jogar na noite Freak Chic. Para esse último, que fervia loucamente na pista, quem era o DJ pouco importava. O interessante era se divertir e requebrar loucamente na pista. O outro grupo esperava ansioso a entrada de Erlend e Phonique. Phonique e Erlend entraram tímidos nos pick-ups. Mas aos poucos foram crescendo. Erlend assumiu o microfone e cantou – quase sussurrando – músicas suas e do King of Convenience. Também abusou e tocou uma música do Morrissey. Seu estilo nerd-romântico condiz com seu tom de voz. Que por sinal, profere a qualquer batida eletrônica uma doçura pouco ouvida. Foi lindo, romântico, poético… E a enigmática pista do clube parou e dançou vidrada na apresentação da dupla, mostrando mais uma vez que surpreende sempre quem ali freqüenta. Talvez, seja esse o grande segredo da noite.