in

Vea el lado gay del remake de “Ti Ti Ti”, que se estrena en julio en Globo

A próxima novela das sete da Globo será "Ti Ti Ti", um remake englobando duas novelas clássicas das 19h, "Plumas & Paetês" (80/81) e "Ti Ti Ti" (85/86), ambas de Cassiano Gabus Mendes. A nova versão está sendo escrita por Maria Adelaide Amaral.

De cara existe um viés gay no projeto, pois praticamente todas as novelas escritas por Cassiano (1927-1993) tinham um lado glamouroso, fashion, e por que não dizer, "bicha" mesmo. E as duas em questão principalmente: "Plumas…" focaliza o mundo das modelos, e "Ti Ti Ti" narra o duelo entre dois mega estilistas.

Na versão original de "Plumas…", a espinha dorsal era Marcela (Elizabeth Savalla). Ela era amiga de um casal de namorados, Osmar e Júlia (Stepan Nercessian e Cristina Aché), que morrem em um acidente de carro. Marcela então se aproxima da família do rapaz, usando a identidade da namorada morta, pois está grávida e precisa de proteção.

Na nova versão, o casal hétero será substituído por um casal gay – Osmar (Gustavo Leão) e Julinho (André Arteche). Assim, Maria Adelaide conseguiu atualizar o entrecho central – com a diferença de que desta vez só haverá uma morte: a de Osmar.

Já em "Ti Ti Ti", a questão gay surgia como forma de comédia. O estilista André Spina/Jacques Leclair (Reginaldo Faria) se fingia de gay, com direito a trejeitos afetados, para conseguir seduzir suas clientes no ateliê, sem despertar a suspeita dos maridos delas. Na versão 2010, o personagem ficou com Alexandre Borges, que não deve repetir a atitude "desmunhecada" de Leclair, segundo a própria autora – ela afirmou em entrevista que o costureiro será menos afeminado.

Outros ícones estavam presentes nas duas novelas: o tema de abertura de "Plumas & Paetês" era cantado por Ronaldo Resedá (1945-1984) – ator, cantor, bailarino, e uma das primeiras vítimas do HIV no Brasil. A abertura de "Ti Ti Ti" por sua vez trazia a banda oitentista Metrô regravando uma música de Rita Lee.

Em "Ti Ti Ti" havia também o batom Boka Loka, que foi lançado de fato no mercado. Na trama da novela, quem passasse o batom exercia um enorme poder de sedução, atraindo beijos. Na vida real, o produto foi lançado com o marketing de ser o primeiro batom 24 horas – isso mesmo, não dava para limpar a boca antes de 24 horas de uso.

Uma subtrama que marcou época em "Ti Ti Ti" foi também a famosa "Turma da Lazinha". A personagem Eduarda (Betty Goffman), de riquinha babaca virava uma espécie de gótica misturada com punk e passava a frequentar a gangue liderada por Lazinha (Cláudia Gimenez).
Diversas cenas da Turma da Lazinha eram gravadas em casas noturnas, buscando retratar a noite paulistana daquele momento – numa referência direta ao Madame Satã e outros clubes que aconteciam na época.

Tudo isso sem falar no elenco feminino dessas novelas, que trazia diversas musas/divas do período, como Mila Moreira e Maria Cláudia (em "Plumas…"), Sandra Bréa e Tânia Alves (em "Ti Ti Ti"). E os bofes, claro: Edson Celulari em início de carreira e Mário Gomes causavam em "Plumas…", enquanto o hoje sumido Paulo Castelli vivia sem camisa em "Ti Ti Ti", no papel do bad boy Pedro.

Enfim, Maria Adelaide tem o histórico de inserir personagens gays em suas tramas, como Beni (Luiz Salém) em "Anjo Mau" (97/98) e Benny (Guilherme Weber) na minissérie "Queridos Amigos" (2008). Vamos aguardar o que ela reserva para o desde já badalado remake de "Ti Ti Ti", que estreia em julho.

Silvetty Montilla es la atracción de la fiesta Cabaret que se realizará este viernes en Túnel

Soldados estadounidenses interpretan el éxito "Telephone" de Lady Gaga