A organização Escoteiros da América anunciou nesta terça-feira que vai permitir a entrada no grupo de crianças transgênero que se se identiquem como meninos.
A partir de agora, a instituição vai aceitar, em programas exclusivos para garotos, o gênero que a criança ou seu parente indicar no ato da inscrição para ser escoteiro. Anteriormente, a Escoteiros da América admitia apenas o gênero descrito na certidão de nascimento.
"A começar por hoje, nós vamos aceitar e registrar jovens nos programas de escoteiros Cubs e Boys com base apenas na identidade de gênero indicada na inscrição", disse a diretora de comunicação do grupo, Effie Delimarkos, num comunicado, citando as mudanças na definição de gênero que já vêm ocorrendo em diferentes estados.
De acordo com ela, apesar de a organização oferecer programas para todos os jovens, os programas Cubs e Boys são específicos para meninos.
A americana Kristie Maldonado disse à agência de notícias AP que tinha sentimentos conflitantes em relação à medida dos escoteiros. No ano passado, o filho dela, Joe, foi convidado a se retirar do grupo de escoteiros de Nova Jersey depois que pais e líderes dos escoteiros locais descobriram que ele era transgênero.
Os Escoteiros da América, cuja missão divulgada é preparar a juventude para a vida e a liderança, tem quase 2,3 milhões de membros com idades entre 7 e 21 anos, além de 960 mil voluntários em conselhos locais ao redor dos Estados Unidos, de acordo com dados em seu site oficial.