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Especial dia Mundial da luta contra a AIDS – Confira 10 filmes lacradores que abordam o tema

Hoje dia 1 de dezembro é "comemorado" o dia mundial da luta contra a AIDS, justamente por isso ACAPA selecionou 10 filmes que abordam o tema com a seriedade que o assunto merece. 

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Embora a doença não mate mais como antes, ela sentencia as pessoas a uma vida cheia de restrições. Em São Paulo a taxa de HIV entre adolescentes do sexo masculino triplicou, o que mostra que as pessoas estão mais relaxadas e por consequencia mais vulneráveis a contrair o vírus.

Neste apanhado que fizemos, entre filmes nacionais e internacionais temos registros de vários momentos da AIDS na sociedade. Desde quando ela era identificada como “a peste gay”, o que ajudou a aumentar o preconceito, até as cinebiogragias mais recentes que mostram o vírus atingindo nossos ídolos e pessoas queridas.

Aqui sem dúvidas temos grandes atuações e filmes que marcaram a história do cinema. Vale a pena assistir cada filme e lembrar sempre: use camisinha.

CLUBE DE COMPRAS DALLAS 

Em 1986, o eletricista texano Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México no intuíto de se manter vivo e ajudar as demais pessoas que dividiam a mesma situação. Sem dúvidas, um filme imperdível que conta com duas grandes atuações, a do cowboy hetero interpretado por Matthew McConaughey e da travesti interpretada pelo ator/cantor/muso Jared Leto. Incrível como uma situação pois em pé de igualdade duas figuras quase antagônicas, que juntas encontraram um meio de lutarem contra a doença. Vale lembrar que os dois ganharam o Oscar por suas interpreçaões. 

AS HORAS

A abordagem a AIDS no filme é secundaria, mas nem por isso fraca, ela aparece no período atual, já que o filme é dividido em três épocas distintas. Nesse período Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo, ou seja, o longa mostra que independente da “problema” com a doença, o amor dos próximos (amigos, família etc) existe e não pode nunca ser esquecido nesse período tão difícil.

CARANDIRU

Um médico (Luiz Carlos Vasconcelos) se oferece para realizar um trabalho de prevenção a AIDS no maior presídio da América Latina, o Carandiru. Lá ele convive com a realidade atrás das grades, que inclui violência, superlotação das celas e instalações precárias. Porém, apesar de todos os problemas, o médico logo percebe que os prisioneiros não são figuras demoníacas, existindo dentro da prisão solidariedade, organização e uma grande vontade de viver.

THE NORMAL HEART

Este filme lançado diretamente na TV pela HBo, não chegou aos cinemas e consequentemente ao conhecimento do grande público, mas vale muito a pena ser assistido. 1981. Uma doença misteriosa se alastra pelos Estados Unidos, com alto grau de mortalidade: cerca de 50% dos infectados acabam falecendo. Como a imensa maioria é homossexual, ela logo é apelidada de "câncer gay" e, por preconceito, não recebe a devida atenção do governo norte-americano. Decidido a fazer com que as pessoas tomem conhecido sobre a epidemia causada pela AIDS, o escritor Ned Weeks (Mark Ruffalo) decide ir aos diversos veículos de comunicação para falar sobre o tema. Sem dúvida um dos filmes mais choráveis da lista que conta com ótimas atuações.

CAZUZA – O TEMPO NÃO PARA

A vida louca que marcou o percurso profissional e pessoal de Cazuza (Daniel de Oliveira), do início da carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos: o sucesso com o Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração, o comportamento transgressor e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando, mesmo debilitado pela Aids. Biografia, não tão perto do real, principalmente ao se abordar a homossexualidade, mas vale principalmente pela integra de Daniel de Oliveira em viver o ídolo Cazuza.

BOA SORTE

João é um garoto de apenas 17 anos, que acaba de ser internado numa clinica psiquiátrica por ser dependente de remédios. Judite também está internada, mas porque está marcada para morrer, por ser soropositiva, devido a uma vida regada a sexo e drogas. Eles acabam se conhecendo e se apaixonando, mas será que é possível este amor sobreviver? Para fazer este filme, a atriz Deborah Secco perdeu 15kg. Embora o enfoque do filme não seja a AIDS, a trama mostra as limitações e medos que uma pessoa com soro positivo pode ter na hora de se envolver com outra pessoa que não tem o vírus.

A CURA

Erik (Brad Renfro) é um garoto solitário que atravessa todas as barreiras que o preconceito ergueu e se torna amigo do seu vizinho, Dexter (Joseph Mazzello), um garoto de 11 anos que tem AIDS. Erik se torna muito ligado a Linda (Annabella Sciorra), a mãe de Dexter, e na verdade fica mais próximo dela que da sua própria mãe, Gail (Diana Scarwid), que é negligente com ele e quase nunca lhe dá atenção. Quando os dois garotos lêem que um médico de Nova Orleans descobriu a cura da AIDS, os meninos tentam chegar a este médico para conseguir a cura. É um filme de pura emoção, que fica difícil controlar as lágrimas, uma abordagem sensível e tocante sobre a verdadeira amizada.

KIDS

Nova York serve de cenário para mostrar o conturbado mundo dos adolescentes, que indiscriminadamente consomem drogas e quase nunca praticam sexo seguro. Um garoto, que deseja só transar com virgens, e uma jovem, que só teve um parceiro mas é HIV soropositivo, servem de base para tramas paralelas, que mostram como um adolescente pode prejudicar seriamente sua vida se não estiver bem orientado. É impressionante, principalmente pela forma como Larry trás para a fita uma abordagem próxima do documentário, dando ainda mais impacto para o espectador.

FILADÉLFIA

É um brilhante exemplo do que a AIDS, principalmente quando surgiu, trouxe para a sociedade – uma repulsa sobre o novo, o desconhecido. Mostra o promissor advogado (Tom Hanks) que trabalha para um tradicional escritório da Filadélfia despedido quando descobrem ser ele portador do vírus da AIDS. Ele então contrata os serviços de um advogado negro, que forçado a encarar seus próprios medos e preconceitos para conseguir o mínimo de diretos para o seu paciente. É um show de interpretações de todo o elenco e uma abordagem, que talvez mais se aproxima do que os pacientes que sofreram com a doença no seu inicio, sentiram.

MEU QUERIDO COMPANHEIRO

Provavelmente esse é o primeiro longa que abordou diretamente o tema, e conta a vida de três casais gays e a apreensão com as notícias do surgimento da doença, os primeiros sintomas e a solidariedade que os unia. Logo alguns deles apareçam seriamente doentes e vemos todo o desenrolar das consequências que a infecção causa nos personagens. Uma abordagem dura e corajosa, e além das várias mensagens que nos fazem refletir é fundamental para ressaltar a importância do uso do preservativo em todas as relações.

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