A declaração do psicólogo norte-americano James Asbrand à revista GQ mostrou a dura realidade em que homens que se alistam no Exército sofrem. Eles são constantemente abusados.
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De acordo com James, que trabalha na clínica Salt Lake City para o transtorno de estresse pós-traumático, 38 militares são abusados sexualmente todos os dias nos Estados Unidos.
O número vem da estimativa obtida em 2012, que apontou que 14 mil militares foram vítimas de estupro.
Mas engana-se que somente os homens gays é que sofrem com os estupros. Homens héteros também são submetidos à agressão. Afinal, como informa o especialista, o crime envolve, além do sexo, a hierarquia de poder.
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"Nesta cultura hipermasculina, o que poder ser a pior coisa a fazer com um homem? Obrigá-lo a entrar naquilo que a cultura chama de papel feminino", explica.
Com receio de prejudicar a carreira militar, a maioria das vítimas se recusa a reportar as agressões aos superiores.
Em março, o Senado americano aprovou por unanimidade uma reforma de "tolerância zero" para as agressões sexuais no Exército. A lei foi aprovada por 97 votos a zero e permitirá que as vítimas tenham advogados independentes do Exército e criminalizará as represálias contra os membros das Forças Armadas que denunciem esses abusos