Esta semana foi divulgado um projeto das diretrizes internacionais da Sociedade de Endocrinologia que aconselha médicos sobre como agir em casos de identificação de transexualidade. O polêmico trabalho afirma que "adolescentes transexuais devem ser tratados com medicamentos que retardem a puberdade para que não aconteçam mudanças em seus corpos".
Segundo o artigo de Linda Geddes divulgado na revista científica "New Scientist", espera-se que com a medida os adolescentes tenham mais tempo para decidir se querem iniciar procedimentos de adequação sexual com tratamentos hormonais ao completarem 18 anos. Ainda de acordo com o artigo, o retardamento impediria que as transexuais femininas desenvolvessem voz grave e pêlos – características do gênero masculino.
O tratamento só poderá ter início quando os primeiros sinais da puberdade aparecerem (crescimento dos seios nas meninas e aumento do pênis e escroto nos meninos). A partir da reação emocional "é possível prever se os adolescentes, quando adultos, manterão o desejo da mudança de sexo", pontua Linda em seu artigo.
Os especialistas também recomendam que a cirurgia de readequação sexual só seja feita em jovens com mais de 18 anos de idade.