Com a ideia de relembrar os antigos espetáculos de shows de vedetes da cena gls, Silvetty Montilla foi a idealizadora do musical “Brasil de todos os tempos”, que teve sua última apresentação na quinta-feira (17/12)
O espetáculo homenageia a cidade de São Paulo do tempo que a capital paulista era a “Terra da Garoa”. Em seguida, Rosa Du Quênia relembra a cultura afro-brasileira em uma performance de Negro Zumbi (música de Leci Brandão)
Recordando os antigos cabarés brasileiro Yuri Mix e Aléxia Twister se deslumbram sobre o homem amado do cabaré. A trans Talessa Top traz a modernidade da Bahia fazendo o público “levantar poeira” ao som de Ivete Sangalo. Gretta Star também faz um número inspirado nas belezas do estado.
Divina Aloma, um exemplo de beleza em seus 60 anos, mostra o lado mágico do orixá Oxum, deus do ouro e da fertilidade. Em seguida, Silvetty, usando um figurino nas cores da bandeira do país mostra a força do batuque.
O espetáculo, apresentado na Cantho, vale a pena e faz perceber que recordar é viver. Os shows lembram os da saudosa boate Corintho, que a nova geração de gays precisa conhecer e reconhecer.
Esta primeira temporada, e as próximas que virão, além do resgate aos artistas, não deixarão morrer a cultura transformista.