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Espetáculo-show de Marisa Orth atrai 2 mil pessoas no Festival de Teatro de Curitiba

Cerca de 2 mil pessoas compareceram ao Teatro Positivo – o maior do Paraná, com capacidade para 2.400 pessoas – para ver Romance Vol.II,  o show de Marisa Orth. "Romance dois porque o  primeiro não deu certo, e se trata de um show pesquisa. Afinal, quem sou eu para falar de relacionamento", disse a atriz no começo da noite. Não programado originalmente para o Festival de Curitiba, Marisa chegou no mesmo dia do espetáculo, não falou com os jornalistas e foi direto para o teatro, cobrir um buraco na agenda deixado pelo espetáculo "Às favas com os escrúpulos" de Bibi Ferreira.

Sagaz como sempre, Marisa Orth cantou e encheu seu show de gags e piadas para uma plateia que não se acanhou diante das provocações lançadas pela atriz, que intimidava – sem constranger – o público, falando sobre sexo e solteirice.

"Romance Vol. II" vai virar CD. Está no forno a próxima aventura musical da atriz que já cantou nas bandas Luni e Vexame. Descompromissada, Marisa canta músicas do repertório brega/romântico da MPB e mescla seu desempenho com o que há de "melhor" no seu repertório cênico: sua porção "Magda" – a personagem do extinto programa dominical da Rede Globo "Sai de baixo".

A atriz propõe discutir a relação bebendo, dando risadas e cantando. Ao som de músicas bregas, porque – obviamente – está apaixonada. "Insanidade Temporária", de André Abujamra e Flávio de Souza, é uma das mais músicas preferidas do público. Na estreia, no ano passado em pleno dia dos namorados no Café Concertus Uranus, a plateia já reagia com entusiasmo à música da mulher que matou o marido em virtude de uma crise de tpm. Em Curitiba, a música fez tanto sucesso quanto. Bom mesmo são as performances de "Sofre" e "Oi", músicas no melhor estilo dor de cotovelo.

Marisa resgata "The Best" e "Oi" da extinta Banda Luni. "Romance" tem direção de Natália Barros, ex-integrante da banda. Tim Maia (Sofre), Secos & Molhados (Amor), Hildon (As dores do mundo), Erasmo Carlos (Minha fama de mau), Rita Lee (Fruto proibido), entre outros, compõe o repertório do show e do CD que deve ser lançado até Maio.

Não há nada de novo. A persona/cantora/atriz lembra em muitos momentos a Maralu (vocalista da Banda Vexame) e nem sempre as piadas – algumas velhas e óbvias – funcionam como deveriam, para um público que não está lá para questionar e sim para se divertir. No palco uma mulher insana, que tem o melhor oral da noite "peguei até lésbica", tem um nível de "DPC" (dá pra comer) básico e como todo mundo, já abraçou a privada. Afinal "todo mundo já se doeu, nem que seja pela mãe".

O show é uma grande reverência ao "animal que mora dentro de você e sempre estraga tudo", aquele que anseia por uma relação ("eu relei em você, você relou em mim, ou seja, uma seqüência de relação") e que fica cego por um período que varia entre 18 e 30 meses, vivenciando algo que "lembra uma doença terminal".

Despretensioso, o show segue em cartaz no Tom Jazz (Av. Angélica 2331), em São Paulo, toda as quintas-feiras. "Cara, não to apaixonada. Não vai esquecer hein, é uma fase cretina que eu to passando" e "saliva na boca da pessoa, ok. Cinco centímetros fora da boca é podre", estão entre as "pérolas" lançadas durante o show.

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