Pesquisa revela que 73% das organizações esportivas não têm suporte para minorias sexuais
No Japão, a inclusão e a diversidade no mundo esportivo ainda enfrentam grandes desafios. Uma pesquisa recente revelou que impressionantes 73% das organizações esportivas no país não oferecem serviços de apoio para a comunidade LGBT e outras minorias sexuais. A pesquisa, realizada entre março e abril, envolveu cerca de 60 organizações esportivas, incluindo ligas profissionais e clubes, com respostas válidas de 31 participantes.
Os resultados são preocupantes e indicam que metade dos entrevistados afirmou que suas organizações não têm seções específicas voltadas para promover a diversidade, a igualdade e a inclusão. Além disso, muitas delas ainda não nomearam pessoas responsáveis por garantir essas práticas. A pesquisa foi conduzida pela Pride House Tokyo, uma organização que busca disseminar informações sobre a comunidade LGBT.
Desigualdade de gênero nas diretorias
Outro dado alarmante revelado pela pesquisa é a baixa representação feminina nas diretorias das organizações. Em metade delas, menos de 10% dos diretores são mulheres. Isso evidencia não apenas a falta de apoio à comunidade LGBT, mas também um cenário desafiador para a igualdade de gênero no esporte.
Chamado à ação para as organizações
A especialista Aya Noguchi, vice-diretora do Centro Internacional de Pesquisa em Esporte e Igualdade de Gênero da Universidade Seijo, comentou sobre os resultados em uma coletiva de imprensa. Ela enfatizou que “a diversidade é muito limitada no mundo esportivo” e que, mais do que aumentar a conscientização, é fundamental que as organizações promovam mudanças reais.
Com esses dados em mãos, é crucial que as entidades esportivas no Japão repensem suas práticas e implementem políticas efetivas para apoiar a diversidade e a inclusão. A comunidade LGBT, assim como todas as minorias, merece um espaço seguro e acolhedor no universo esportivo, onde possam se expressar e competir sem medo de discriminação.
A luta pela igualdade no esporte é uma batalha contínua, e a esperança é que, com a pressão da sociedade e das próprias organizações, possamos ver mudanças significativas no futuro próximo.
