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Estagiário do site revela os bastidores de uma matéria e porque gosta de Claudia Wonder

Eu estava fazendo essa semana um post sobre a Claudia Wonder, que é na minha humilde opinião “tipo essencial” dentro da comunidade GLBT. Ontem aconteceu uma coisa bastante gozada, eu estava aqui na redação, quando o nosso editor, Roberto Cushman, perguntou se eu não gostaria de fazer fotos para uma matéria com Claudia Wonder para a revista que estamos lançando. Eu disse revista? É disse, se você não leu na coluna “Destaques gls” da folha online, assinada pelo jornalista Sérgio Ripardo, fique sabendo, nós aqui do A Capa estamos lançando uma revista. Pois bem, marquei com Claudia uma hora da tarde no seu apartamento. Claudia simpaticíssima estava se arrumando e preparando seu almoço. Enquanto esperava ela comer, Claudia adiantou que está para lançar um CD, mas que ainda não tem muita coisa definida. As bases das músicas já estão prontas e gravadas, Dá para ouvir algumas no My Space da boneca, o destaque fica para “Ursinho Misterioso”, a que eu mais gosto. A propósito sobre a música, Claudia disse que compôs a canção, em meados do ano 2000 quando estava muito apaixonada. Na uma hora que estive em sua casa, conversamos um pouco sobre sua vida. Claudia sempre muito atenciosa, recordou tempos da ditadura militar, em que chegou a ser presa. “Era uma época difícil, a polícia não prendia só travestis não, a polícia prendia qualquer um que fosse gay”, disse. Todo mundo, todo mundo mesmo, principalmente nós gays, deveria pelo menos saber quem é a Claudia Wonder. Uma vez perguntei para um amigo se ele sabia quem era a Claudinha. A resposta foi negativa. Pena dele, que tinha todo um discurso metido a militante e não “lembrava” quem era esse ícone máximo da militância. Além disso, ela mostra ser uma pessoa de uma inteligência ímpar, como colunista da G ela surpreende, cita Nietzsche em seus artigos sem ser pedante ou dar uma de pseudo-intelectual. Fala abertamente sobre travestis e transexuais, dando voz a esses grupos tão sem representatividade, sem mencionar as vezes em que atacou de atriz e participou de curtas-metragens nacionais. De tão bacana, a página com ela é uma das que nós mais gostamos em toda a revista. Por essas e outras, Claudia se faz e é cada vez mais essencial.

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