A Polícia Civil de Goiás está conduzindo uma investigação em relação a um estudante de Direito que supostamente disseminou conteúdos homofóbicos, racistas e nazistas em redes sociais. As denúncias surgiram através de dois Registros de Atendimento Integrado (RAI) feitos na Delegacia Estadual de Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e de Intolerância (Deacri). O estudante, conhecido por um perfil anônimo no Instagram, foi acusado de compartilhar mensagens discriminatórias contra diversos grupos, incluindo a comunidade LGBTQIA+.
As denúncias foram apresentadas por colegas de classe, incluindo Eliza Cirqueira Lopes, presidente da União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO). Relatos indicam que o estudante realizava gestos nazistas e fazia piadas racistas, além de ameaçar um colega que é pardo e autista. A situação se agravou quando uma outra estudante, Taylor Minadakis, também registrou um boletim de ocorrência, afirmando que foi alvo de comentários depreciativos por parte do acusado.
Além disso, a estudante revelou ter encontrado postagens de caráter nazista na conta anônima do acusado, que confirmaram suas suspeitas sobre o comportamento prejudicial dele. Os relatos de discriminação foram comunicados à administração da universidade, que já estava ciente do comportamento do estudante, mas não tomou ações efetivas para interromper a continuidade das agressões.
De acordo com o delegado Joaquim Adorno, as investigações estão em andamento e serão conduzidas de forma criteriosa, respeitando o devido processo legal. A prática denunciada se enquadra no artigo 20, § 2º, da Lei nº 7.716/1989, que proíbe a discriminação por motivos de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. As ações de discriminação e intolerância são inaceitáveis e merecem a devida atenção das autoridades, principalmente em ambientes educacionais, onde a diversidade deve ser respeitada e promovida.
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