Um novo estudo revela uma preocupante crise de saúde mental entre jovens que se identificam como LGBT, com riscos significativamente aumentados de autolesão e suicídio. Dados do Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido (ONS) mostram que indivíduos que se identificam como gays, lésbicas, bissexuais ou de outras orientações não heterossexuais têm mais de duas vezes mais chances de ferir a si mesmos ou cometer suicídio em comparação com seus pares heterossexuais.
Essa análise é a primeira a investigar como as taxas de autolesão e suicídio variam de acordo com a orientação sexual, utilizando dados coletados durante o censo de 2021 e registros de saúde e mortes no NHS entre 2021 e 2023 na Inglaterra e no País de Gales. Os resultados são alarmantes, especialmente entre mulheres lésbicas, que apresentaram um aumento de 2,6 vezes no risco de autolesão.
Organizações de saúde mental e charities LGBTQ+ estão pedindo ações urgentes para abordar essas questões, enfatizando a necessidade de apoio contínuo para as minorias sexuais e o combate à homofobia sistêmica. Jacques Morissey, diretor da linha de apoio em saúde mental ‘Samaritans’, destacou que “os dados de hoje pintam um quadro sombrio que exige ação imediata”, apontando que o risco de suicídio e autolesão é significativamente maior entre pessoas com orientações sexuais minoritárias.
O aumento das taxas de autolesão entre jovens LGBT é motivo de preocupação crescente, com uma ênfase particular na necessidade de criar um ambiente mais seguro e acolhedor para essas comunidades. Rosie Wetherley, da charity de saúde mental ‘Mind’, também expressou sua preocupação, afirmando que “as dificuldades enfrentadas por pessoas LGBT+ frequentemente estão ligadas a experiências de discriminação e estigmatização, que impactam severamente sua saúde mental”. O chamado à ação é claro: é essencial criar um suporte robusto para a comunidade LGBT, garantindo que todos tenham acesso a recursos que promovam a saúde mental e o bem-estar.
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