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“Estudo Revela Que 90% de Estudantes LGBTI+ Sofrem Agressões Verbais em Escolas Brasileiras: O Que Está Sendo Feito para Combater Esse Cenário?”

"Estudo Revela Que 90% de Estudantes LGBTI+ Sofrem Agressões Verbais em Escolas Brasileiras: O Que Está Sendo Feito para Combater Esse Cenário?"
"Estudo Revela Que 90% de Estudantes LGBTI+ Sofrem Agressões Verbais em Escolas Brasileiras: O Que Está Sendo Feito para Combater Esse Cenário?"

Nove em cada dez estudantes LGBTI+ no Brasil enfrentam agressões verbais em ambiente escolar, conforme revela a recente Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro, divulgada em 16 de abril de 2025. Este estudo alarmante, realizado pela Aliança Nacional LGBTI+ em parceria com o Instituto Unibanco, destaca a urgência de abordar o bullying homofóbico e suas consequências devastadoras para a saúde mental e bem-estar desses jovens.

O estudo, que envolveu 1.349 estudantes da educação básica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), revela que 90% dos entrevistados que se identificam como LGBTI+ sofreram algum tipo de agressão verbal em 2024. A pesquisa, realizada entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, também constatou que 86% dos estudantes LGBTI+ se sentem inseguros na escola, um número que chega a 93% entre estudantes trans e travestis.

Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, enfatiza a necessidade de uma reestruturação nas políticas públicas educacionais para criar um ambiente escolar mais acolhedor e inclusivo. “Estamos oferecendo ferramentas e evidências para que as escolas possam trabalhar. Queremos uma escola protegida, democrática, onde todos possam conviver de forma harmônica”, afirmou Reis.

Além das agressões verbais, 34% dos estudantes relataram ter sofrido violência física, com a expressão de gênero sendo um fator desencadeante para 20% desses casos. A pesquisa revelou que a maioria dos agressores são outros estudantes, mas 34% das agressões foram perpetradas por professores e educadores, levantando preocupações sobre a responsabilidade dos profissionais da educação.

Após sofrerem agressões, apenas 31% dos alunos procuraram a escola para relatar os incidentes, e entre estes, 69% afirmaram que nenhuma ação foi tomada. Isso ressalta a ineficácia das medidas de proteção atualmente em vigor, com 86% dos alunos afirmando que as respostas da escola foram inadequadas.

Os dados também apontam para um comprometimento significativo da saúde mental dos estudantes LGBTI+, com 94% relatando episódios de depressão no mês anterior à pesquisa. A evasão escolar é outra preocupação crescente, com 47% dos entrevistados faltando à escola devido à insegurança, especialmente entre estudantes trans, onde este número sobe para 57%.

Diante desse cenário alarmante, a pesquisa sugere que o Ministério da Educação (MEC) implemente políticas que integrem temas sobre violência, respeito e convivência democrática no currículo escolar, além de fortalecer o vínculo entre estudantes e instituições. A inclusão de práticas que protejam educadores que abordam essas questões é igualmente essencial para criar um ambiente escolar mais seguro.

Maraisa Bezerra Lessa, coordenadora de projetos do MEC, destaca a importância de trazer esses relatos à tona e fomentar o debate público sobre a violência enfrentada por estudantes LGBTI+. As ações recomendadas devem se alinhar com a Constituição Federal de 1988 e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), promovendo um ensino que respeite a diversidade e a cidadania.

É fundamental que a sociedade como um todo se una para transformar o ambiente escolar em um espaço seguro e inclusivo para todos os estudantes, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual. A luta contra o bullying homofóbico é uma questão de direitos humanos e deve ser uma prioridade na agenda educacional do Brasil.

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