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Estudo revela situações de discriminação em atendimento de saúde

Um estudo da ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgênero), de Portugal, revelou que LGBTs são vítimas de discriminação e tratamento preconceituoso quando procuram atendimentos de saúde.

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Entrevistando mais de 500 pessoas que passaram por atendimento médico, notou-se que 38% já teve algum problema com o serviço referente ao atendimento, 17% já foi alvo de discriminação. E que 87% das situações ocorreram por conta de um profissional de saúde de medicina geral, familiar ou ginecologia.

Os episódios incluem "comentários desadequados", "episódios de discriminação na doação de sangue" ou quando o profissional de saúde "presumiu comportamento sexual de risco pelo fato de ser lésbica, gay ou bissexual".

Além disso, os entrevistados alegam que 72% reclamaram que "já foram consultados por profissionais que consideram que ele ou ela são heterossexuais", o que mostra a "invisibilidade das pessoas LGBT.

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Os números mostram que 29% dos entrevistados nunca falaram sobre a sua orientação ao profissional de saúde, que 31% já mentiu sobre a orientação sexual e que 47% afirmou que o médico da família não conhece a sua sexualidade.

"É preciso implementar políticas públicas que garantam que a estigmatização e a discriminação sobre estas pessoas LGBT não possam ser uma condicionante no acesso a cuidados de saúde", defendeu Nuno Pinto, responsável da ILGA.

O estudo, "Saúde em Igualdade — Pelo acesso a cuidados de saúde adequados e competentes para pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans", foi realizado entre junho de 2014 e março de 2015.

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