Uma parceria entre o Núcleo de Direitos Humanos e Saúde LGBT e a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestir e Transexuais) promove uma importante pesquisa sobre o comportamento de homens que fazem sexo com outros homens.
A pesquisa leva de 15 a 20 minutos e aborda temas bem relevantes sobre o comportamento sexual, uso de substancia como álcool e drogas associadas ao sexo e até temas sobre aceitação social da homossexualidade.
Interessante também que ao respostar a pesquisa de forma completamente sincera e honesta você faz inclusive uma autoanálise sobre seus comportamentos, além de contribuir com as informações para o estudo orientado pela Dra. Maria Amélia Veras, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
“É extremamente importante que a população afetada pelo HIV participe desse tipo de pesquisa [clicando aqui] porque a partir das práticas que as pessoas tem feito é que nós podemos desenhar políticas públicas mais abrangentes.”, esclarece Beto de Jesus, um dos apoiadores da iniciativa.
“Este inquerido é mundial e feito em vários países e estamos aqui dentro da América Latina. Com certeza o resultado vai ajudar a direcionar as políticas públicas para população de gays e HSH (homens que fazem sexo com homens)”, completa.
“Estamos em um momento extremamente importante da epidêmica, estamos falando em prevenção combinada de vários elementos importantes para as pessoas. Já percebemos que políticas feitas sem escutar a população tem uma grande possiblidade de não responderem aos desejos e necessidades das pessoas”, completa Beto.
O estudo que leva o nome de LAMIS 2018 é uma adaptação da pesquisa EMIS 2017 (European Men-who-have-sex-with-men Internet Survey), realizada na Europa por um grupo de pesquisadores e profissionais da saúde de mais de 40 países europeus, de institutos de saúde pública, universidade e ONGs que trabalham com HIV, direitos humanos e saúde de homens gays.
O estudo teve aprovação ética do Brasil, Chile, Guatemala, Peru e Suriname para que seja realizado a nível continental. No total, participam do estudo 18 países, e em cada um deles há pelo menos uma organização envolvida.
