Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, voltou a denunciar o preconceito e os atos de violência contra gays, lésbicas, bissexuais e trangêneros.
O representante máximo da ONU participou na última segunda (15) através de um vídeo da Conferência de Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero, que acontece em Oslo, na Noruega.
“Os governos têm como dever legal proteger a todos”, disse Ban, que alertou ainda que religião, cultura e tradições não “devem nunca ser uma justificativa para excluir deles os direitos básicos”.
Durante a mensagem gravada, Ban rechaçou qualquer tipo de agressão, prisão e assassinato dos LGBTs. “”Alguns evocam cultura, tradição e religião para justificar seus pensamentos”, apontou.
O secretário-geral relembrou que tais argumentos [cultura, religião e tradição] também são usados para justificar a escravidão, o casamento de crianças e a mutilação genital feminina. “Eu respeito a cultura, a tradição e a religião – mas elas não podem ser usadas para a negação dos direitos básicos”, disse categórico
“Este é um dos maiores desafios dos nossos tempos”, disse Ban ao contar que vários países ainda não reconhecem a “injustiça da violência homofóbica e da discriminação”.
“A minha promessa para as lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros da família humana é essa: Eu estou com vocês. Eu prometo que enquanto secretário-geral vou denunciar os ataques contra vocês. Vou pressionar os líderes com o objetivo de termos progressos nessa área”, finalizou.