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EUA: Escola censura beijo de casal gay e pede desculpas

A escola de segundo grau em que o aluno Andrew Jackson, 18 anos, estudava pediu desculpas pela remoção de sua foto, na qual aparece beijando seu namorado, do anuário da East Side High School, em Newark, Estados Unidos. A imagem foi considerada “sugestiva” pela superintendente das escolas públicas do estado e, por isso, acabou apagada com tinta preta.

A história toda começou depois que um assistente da superintendente Marion Bolden alertou sobre a foto de Andrew beijando seu namorado, David Escobales, 19 anos. O aluno, como outros alunos, pagou US$ 150 por uma página de fotos suas no anuário, os quais contêm fotos de casais heterossexuais trocando beijos. Marion declarou que a foto lhe pareceu "ilícita", e a imagem foi bloqueada nos anuários distribuídos na noite do jantar de formatura da turma de Andrew.

Na segunda-feira o distrito escolar voltou atrás da decisão e, através de um comunicado, pediu desculpas a Andrew e lastimou qualquer constrangimento que ele tenha sofrido, além de informar que uma nova edição do anuário será publicada, desta vez com a fatídica foto.

“A superintendente do distrito, Marion Bolden, pede desculpas ao aluno, pessoalmente, e lastima qualquer embaraço e atenção indesejada que a decisão lhe tenha causado”, afirma a nota. “O distrito se orgulha da diversidade de sua população estudantil e apóia a todos os nossos estudantes, não importa sua raça, sexo, raízes, étnicas ou orientação sexual”.

O aluno afirmou em entrevista que não aceitava a retratação da escola. “Não pretendo aceitar as desculpas”. Para ele, qualquer pedido de desculpas deveria ser feito pessoalmente, e não através de um comunicado. “Não falei com a escola, com o conselho, com pessoa alguma.”

Deborah Jacobs, diretora da União Americana pelas Liberdades Civis em Nova Jersey, citou outros casos de censura a casais homossexuais nas escolas, incluindo o de um casal de lésbicas que o diretor de uma escola proibiu que fosse votado o  "melhor casal". "Eles deveriam ensinar igualdade e liberdade de expressão, e não discriminar”, afirmou.

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