O pastor Frank Schaefer, da Igreja Metodista Unida, dos Estados Unidos, foi suspenso por 30 dias da congreção por celebrar o casamento do filho gay Tim Schaefer, que se casou em 2007.
A igreja só descobriu agora, através de denuncia, que o pastor havia celebrado a união. Segundo a instituição religiosa, Schaefer teve uma conduta "incompatível com a doutrina cristã".
Em sua defesa, o pastor afirmou que a declaração da igreja é trata-se de um ato discriminatório. "Não é certo. Muitas pessoas têm sofrido. Não apenas meu filho, mas milhares de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, têm sido feridos pela igreja e pela sociedade. Isto tem que parar. Temos que nos dar conta do que estamos fazendo com nossa teologia, nossa doutrina e, sinceramente, nosso discurso de ódio", declarou Schaefer.
Segundo o pastor, o filho só resolveu sair do armário em 2000, depois de uma amiga contar aos familiares que ele havia tentado suicídio por ser gay. "Eu disse a ele [ao filho]: 'Você foi feito à imagem e semelhança de Deus como todo mundo.' Então, quando ele me perguntou em 2007, 'pai, você celebraria meu casamento?', eu me senti honrado", contou o religioso.
Durante os 30 dias de afastamento, o pastor deve decidir se continua sua defesa ao casamento gay. Caso não volte atrás sobre sua posição perante a Igreja, Schaefer pode ser exonerado do cargo de líder religioso.
"Não imagino que irei mudar de ideia. Eu me tornei um defensor da comunidade LGBT. E não posso mais ser um defensor silencioso", concluiu Frank Schaefer.
Pastor Frank Schaefer suspenso por 30 dias por realizar casamento gay