O grupo National Youth Advocacy Coalition (NYAC, organização sediada em Washington e que trabalha com a capacitação de jovens LGBT) realizou pesquisa para entender o autoconsumo de cigarro entre jovens gays.
Segundo resultados da pesquisa, que foi divulgada esta semana, o consumo do cigarro na comunidade LGBT tem forte relação com o estresse provocado pela homofobia. A partir daí, o grupo traçou estratégias para tentar conter o consumo do tabaco.
Segundo o diretor do NYAC, JB Besson, a pesquisa inova por ter como foco o jovem. "Os jovens nunca são estudados prioritariamente nas pesquisas", observou. A pesquisa revelou que a maioria dos jovens LGBT começa a fumar com 18 anos. A pesquisa foi realizada através do Facebook e entrevistou jovens de Nova York, Flórida, Illinois, Oregon e Utah.
Os entrevistados responderam a uma série de questões a respeito de como se sentiam em relação ao tabaco e em quais momentos mais usavam o cigarro. O estresse causado por fatores sociais foi revelado como o principal fator que leva os entrevistados a fumar, entre eles, a rejeição familiar.
Segundo Besson, a pesquisa revela que os jovens se sentem cada vez mais estressados. Isso inclui a questão do sucesso no mercado de trabalho, bons resultados escolares e a discriminação que muito deles sofrem na própria família. "O cigarro acaba servindo como uma válvula de escape", diz o diretor do grupo.
O grupo sabe que os resultados são óbvios, mas espera que a partir dele as autoridades governamentais possam fazer campanhas mais específicas, pois acreditam que os resultados da pesquisa podem embasar cientificamente futuras campanhas de combate ao fumo entre os jovens LGBT.