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EUA: relatório afirma que gays negros são mais vulneráveis ao HIV

"É a pior epidemia em todo o mundo desenvolvido, e uma epidemia que rivaliza com grande parte do mundo em desenvolvimento". Foi com essas palavras que Phil Wilson, presidente e chefe executivo do Black AIDS Institute, analisou a vulnerabilidade dos gays e bissexuais negros ao HIV nos Estados Unidos.

Um relatório intitulado Back of the Line: The State of AIDS Among Black Gay Men in America (Atrás da Linha: O Estado da Aids entre Gays Negros na América), lançado às vésperas da 19ª Conferência Internacional de Aids, que se inicia no próximo dia 22, e produzido pela própria Black AIDS Institute, mostra que a prevalência do HIV entre gays negros é duas vezes maior que entre os brancos nos Estados Unidos, segundo a agência de notícias AFP.

Além disso, gays e homens bissexuais negros têm sete vezes mais chances de possuírem HIV sem dignóstico em comparação com gays não negros – e também são menos propensos a estarem vivos três anos depois de serem diagnosticados com Aids quando comparados com gays ou bissexuais brancos ou latinos.

Para Phil Wilson, gays e homens bissexuais negros "ainda estão sendo devastados pelo HIV e pela Aids". O ativista também atacou os grupos organizados gays tradicionais, que, segundo ele, não têm prestado a devida atenção ao assunto.

No Brasil, pesquisas como as realizadas pela Associação Cultural de Mulheres Negras, Unicamp e fomentadas pelo próprio Ministério da Saúde também têm mostrado uma maior vulnerabilidade da população negra e parda ao HIV, o que, por sua vez, tem relação com a maior vulnerabilidade social desse segmento.
 

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