O juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho tornou-se o centro das atenções desde o último dia 15 quando, por meio de liminar, abriu precedente para que psicólogos possam tratar homossexuais por meio de reversão de reorientação sexual, popularmente conhecida como “cura gay”. Após a polêmica, o magistrado do Distrito Federal disse, por meio de nota, que foi “mal interpretado” e se negou a dar entrevistas. Não demorou muito para que o passado de Waldemar viesse à tona, por meio de denúncias de ex-alunos do juiz, em entrevista ao jornal Correio Braziliense. Segundo a reportagem, o magistrado, não raro, agia de forma homofóbica em sala de aula, já dando indícios de sua ojeriza à comunidade LGBT. Ainda, segundo disseram, Waldemar mantinha postura machista e apoiava a ditadura militar que matou e torturou centenas e centenas de pessoas. “Sempre vinha com comentários que reduziam assuntos relacionados à homofobia e ao feminicidio. Era desagradável ter aulas com ele. No antigo grupo da sala todo mundo comentou sobre a liminar, todos indignados, mas não surpresos”, afirma um dos alunos entrevistados. “Em alguns trabalhos que debatíamos temas escolhidos por nós, os relacionados ao combate à homofobia, ao machismo ou a questão de minorias eram barrados por ele por não serem pertinentes para se debater dentro das perspectivas do direito”, disse outro aluno.