David Coote, ex-árbitro da Premier League, fez uma revelação impactante em sua primeira entrevista após ser demitido pela Professional Game Match Officials Limited (PGMOL). Ele admitiu que o medo de se assumir gay o levou a recorrer ao uso de drogas. Coote, que foi dispensado em dezembro por violar gravemente as disposições de seu contrato, teve sua demissão relacionada a um vídeo não verificado que circulou nas redes sociais, onde ele supostamente fazia comentários depreciativos sobre o Liverpool e seu ex-técnico, Jurgen Klopp.
Além do vídeo mencionado, uma segunda gravação surgida em novembro mostrava Coote aparentemente usando uma substância branca, supostamente durante sua participação como assistente de VAR na Euro 2024. A UEFA também iniciou uma investigação ética sobre o caso.
Em uma entrevista ao tabloide britânico The Sun, Coote, de 42 anos, compartilhou suas lutas pessoais e a vergonha que sentiu ao longo dos anos. Ele revelou que não se assumiu para seus pais até os 21 anos e para seus amigos até os 25. “Minha sexualidade não é a única razão que me levou a essa situação, mas não estaria contando uma história autêntica se não dissesse que sou gay e que enfrentei dificuldades reais ao esconder isso”, afirmou.
Coote expressou como seu medo de ser alvo de abusos homofóbicos durante sua carreira o afetou profundamente, levando a problemas de autoestima e comportamentos autodestrutivos. Ele se desculpou por suas ações, que, segundo ele, não refletem quem ele é hoje. Ele também destacou a importância de priorizar sua saúde mental e bem-estar, e espera que suas experiências possam ser utilizadas para melhorar o futebol no futuro.
O ex-árbitro, que começou sua carreira na Premier League em abril de 2018, também reitera sua gratidão a todos que o apoiaram durante esse período difícil, incluindo sua família, amigos e ex-colegas. Ele espera que sua história possa ajudar outros a se sentirem menos sozinhos em suas lutas pessoais.
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