Ingrid Lewis-Martin, ex-assessora do prefeito Eric Adams, realizou sua tradicional campanha de arrecadação de brinquedos em Brooklyn na última sexta-feira, 20 de dezembro de 2024, enquanto a cidade ainda repercute sua recente acusação de corrupção. Em um evento festivo no Paerdegat Yacht Club, ela celebrou o espírito natalino ao lado de mais de 100 convidados, cantando a famosa música ‘Cuff It’ da Beyoncé. A atmosfera do evento contrastava fortemente com o clima tenso que cercava sua recente indiciamento por supostas práticas de corrupção, onde é acusada de receber mais de $100.000 em subornos de investidores imobiliários em troca de favores na aprovação de projetos na cidade.
Durante a festa, uma grande variedade de brinquedos, como Nerf Guns, bonecos de pelúcia e jogos de tabuleiro, foi arrecadada, refletindo a intenção de Lewis-Martin em manter a tradição de doação durante as festas. No entanto, a alegria momentânea não apaga as graves acusações que pesam sobre ela. Na véspera do evento, Lewis-Martin foi apresentada em tribunal após ser presa por acusações de suborno, conspiração e lavagem de dinheiro, resultantes de uma investigação sobre sua atuação como conselheira do prefeito. As alegações afirmam que ela teria facilitado a aprovação de licenças de construção em troca de favores financeiros, incluindo a compra de um luxuoso carro para seu filho, um DJ, que também foi acusado no esquema.
Lewis-Martin, que ocupou uma posição de destaque na administração de Adams até sua recente demissão, se defendeu publicamente, afirmando ser inocente e que os pagamentos recebidos eram parte de um acordo legítimo de negócios com os investidores. O evento de arrecadação de brinquedos, embora repleto de solidariedade e alegria, levanta questões sobre a integridade e a ética na administração pública, especialmente em um contexto onde a comunidade LGBTQ+ frequentemente luta por representatividade e justiça em suas interações com as autoridades. A situação de Lewis-Martin serve como um lembrete da importância de transparência e responsabilidade na política, especialmente em momentos em que a confiança do público nas instituições é fundamental para o avanço dos direitos civis e sociais.